Após ataque, países europeus reforçam segurança de centros religiosos
O presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou os "crimes odiosos contra as mesquitas em Christchurch", que deixou mais ao menos 49 mortos
EFE
Publicado em 15 de março de 2019 às 10h58.
Última atualização em 15 de março de 2019 às 11h51.
Paris — O Reino Unido e a França anunciaram nesta sexta-feira um reforço na segurança de centros religiosos, uma reação ao ataque terrorista contra duas mesquitas na Nova Zelândia que provocou a morte de pelo menos 49 pessoas.
Em mensagem no Twitter, o ministro de Interior da França , Christophe Castaner, explicou que, "por precaução", pediu aos governadores regionais que apliquem "a maior vigilância" e que "reforcem a segurança nos lugares de culto".
Concretamente, haverá patrulhas nas proximidades dos edifícios religiosos.
O ministro francês também manifestou sua "solidariedade" ao povo neozelandês, condenou "o odioso ataque terrorista de Christchurch" e deu o seu apoio à polícia do país da Oceania em sua ação "contra o ódio e a barbárie".
O reitor da Grande Mesquita de Paris, Dalil Boubakeur, além de ressaltar seu "horror, indignação e estupor" pelos dois ataques em Christchurch, enviou uma mensagem aos fiéis pedindo atenção "durante o cumprimento de seus deveres religiosos".
Boubakeur afirmou em comunicado que os muçulmanos da França "estão chocados com essa violência mortífera" e pediu a Deus que "preserve a paz em nosso país (...) onde formamos, entre todas as comunidades, uma única nação em uma mesma comunidade".
Reino Unido
As forças da ordem britânicas também manterão contatos com comunidades de diferentes religiões para aconselhá-las sobre a melhor maneira de reforçar a segurança dos seus templos, afirmou em uma nota a Polícia Metropolitana (Met, na sigla em inglês).
"Estamos acompanhando de perto os eventos na Nova Zelândia e enviamos as nossas condolências a todos os afetados", afirmou o responsável pela unidade antiterrorista em nível nacional da Met, Neil Basu, e acrescentou que estão preparados para ajudar seus colegas neozelandeses na investigação deste ataque terrorista.
Basu ressaltou que as forças da ordem britânicas vão continuar trabalhando com todas as comunidades no Reino Unido para enfrentar a ameaça "sem se importar de onde ela proceda".
"Juntos com nossos parceiros de inteligência, continuamos avaliando a variedade de ameaças que enfrentamos, incluindo nos lugares de culto e comunidades específicas em todo o país, para assegurar que contamos com as medidas de proteção mais apropriada para manter o povo seguro", acrescentou Basu.
"Permanecemos unidos com nossas comunidades muçulmanas e com todos aqueles comovidos e horrorizados com este ataque terrorista na Nova Zelândia", ressaltou Basu.
Além de 49 mortos, outras 20 pessoas ficaram feridas no ataque em duas mesquitas em Christchurch, confirmou nesta sexta-feira a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern.