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Ao menos 30 morrem na Síria mesmo com observadores

As tropas do regime de Bashar al Assad também invadiram algumas localidades de Hama e Idlib, que previamente foram bombardeadas

O grupo opositor denunciou que a periferia de Damasco foi sitiada, bombardeada e foram registrados violentos enfrentamentos entre os rebeldes e o Exército (Reprodução/YouTube/AFP)

O grupo opositor denunciou que a periferia de Damasco foi sitiada, bombardeada e foram registrados violentos enfrentamentos entre os rebeldes e o Exército (Reprodução/YouTube/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 20h33.

Cairo - Pelo menos 30 pessoas morreram nesta segunda-feira na Síria, a maioria em regiões do sul e leste do país, em um novo dia de enfrentamentos que coincidiu com a chegada em Damasco de uma delegação de observadores da Organização das Nações Unidas.

Segundo um comunicado do grupo opositor Comitês de Coordenação Local (CCL), nove pessoas morreram em Deir ez Zor (leste), seis em Deraa (sul) e três em Hama (centro), Aleppo (norte), Idlib (noroeste) e na periferia de Damasco, respectivamente, assim como outras duas em Qamishli (nordeste) e uma em Homs (centro).

Oito dos mortos de Deir ez Zor foram registrados em uma região bombardeada pelas tropas do regime, que também invadiram e atacaram outras localidades da província, acrescentou a fonte.

O CCL afirmou, além disso, que 11 soldados desertaram pouco antes dos ataques, e disse que a região foi palco de enfrentamentos entre as forças governamentais e o rebelde Exército Livre Sírio.

Já na província meridional de Deraa aconteceu um amplo desdobramento das forças de segurança em várias de suas cidades, o que faz seus habitantes temerem por novas campanhas de detenções.

Entre os mortos de Deraa está uma menina de 3 anos, que morreu devido aos disparos efetuados de um posto de controle militar.

As tropas do regime de Bashar al Assad também invadiram algumas localidades de Hama e Idlib, que previamente foram bombardeadas.


O grupo opositor denunciou que a periferia de Damasco foi sitiada, bombardeada e foram registrados violentos enfrentamentos entre os rebeldes e o Exército.

Os combates entre estes dois grupos se estenderam também ao bairro de Mezeh, em Damasco, onde segundo as autoridades morreram três 'terroristas' e um agente antidistúrbios, embora os rebeldes afirmam ter causado dezenas de baixas nas forças governamentais.

Estes fatos coincidiram com a chegada de uma missão de observadores das Nações Unidas e da Organização da Conferência Islâmica (OCI), enviada pelo mediador internacional para a Síria, Kofi Annan.

O objetivo da missão, que se transferiu a várias cidades do país, é promover um cessar-fogo e avaliar a situação humanitária.

Esperando uma pausa nas hostilidades para poder levar ajuda à população, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou nesta segunda-feira que a Rússia se comprometeu a apoiar seu pedido de impor tréguas de duas horas diárias durante os combates.

Este acordo foi alcançado em reunião em Moscou entre o presidente da CICV, Jakob Kellenberger, e o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, cujo país é um dos poucos aliados do regime de Damasco. 

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