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América Latina tem 7 milhões de novos pobres em 2015

O número se compara desfavoravelmente com os resultados de 2014, quando foram registradas 168 milhões de pessoas pobres


	Pobreza: "Segundo as projeções do organismo, em 2015 a taxa regional de pobreza aumentou a 29,2% dos habitantes da região"
 (Getty Images)

Pobreza: "Segundo as projeções do organismo, em 2015 a taxa regional de pobreza aumentou a 29,2% dos habitantes da região" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2016 às 14h08.

O número de pobres na América Latina e no Caribe aumentou em sete milhões em 2015, passando de 168 milhões a 175 milhões de pessoas, como consequência da contração econômica que a região enfrenta, segundo projeções da Cepal divulgadas nesta terça-feira.

"Segundo as projeções do organismo, em 2015 a taxa regional de pobreza aumentou a 29,2% dos habitantes da região (175 milhões de pessoas) e a taxa de indigência a 12,4% (75 milhões de pessoas)", informou a Comissão Econômica para a América e o Caribe, em Santiago.

O número se compara desfavoravelmente com os resultados de 2014, quando foram registradas 168 milhões de pessoas pobres, um aumento de dois milhões em relação ao ano anterior, de acordo com os novos dados fornecidos pelo organismo técnico das Nações Unidas com sede em Santiago.

"O aumento da quantidade de pessoas pobres constatado em 2014 aconteceu basicamente entre os pobres não indigentes, e foi consequência de díspares resultados nacionais, elevando-se em alguns países e diminuindo em um número significativo deles", explicou o documento.

A contração de 0,4% projetada para a economia regional durante este ano, arrastada pela queda no valor das matérias-primas e pela recessão brasileira, teria impactado os dados de pobreza da América Latina durante 2015.

Para reduzir seus níveis de pobreza, "a América Latina deve gerar mais emprego de qualidade, com direitos e proteção social, proteger o salário mínimo e o gasto social, que aponta uma redução em seu ritmo de crescimento", indicou Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal.

Até 2012, após uma década de crescimento econômico, a região conseguiu reduzir em 15,7% seus níveis de pobreza.

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