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Ameaçada, Cruz Vermelha retira funcionários estrangeiros do Iêmen

Agência pediu para todos os lados da guerra no país fornecerem garantias de segurança para que pudesse continuar com ajuda humanitária

Cruz Vermelha: cerca de 450 funcionários continuam no Iêmen, incluindo dezenas de funcionários expatriados, disse porta-voz (Mohamed Azakir/Reuters)

Cruz Vermelha: cerca de 450 funcionários continuam no Iêmen, incluindo dezenas de funcionários expatriados, disse porta-voz (Mohamed Azakir/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de junho de 2018 às 20h53.

Última atualização em 7 de junho de 2018 às 20h54.

Genebra - O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC) informou nesta quinta-feira que retirou 71 funcionários internacionais do Iêmen por conta de incidentes e ameaças envolvendo segurança, transferindo-os para o Djibuti.

A agência pediu para todos os lados conflitantes na guerra de três anos no Iêmen fornecerem garantias de segurança para que pudesse continuar seus programas cirúrgicos, de água e de auxílio alimentar, que informou terem sido prejudicados pela retirada.

Cerca de 450 funcionários do ICRC continuam no Iêmen, incluindo dezenas de funcionários expatriados, disse a porta-voz Marie-Claire Feghali.

"Nossas atividades atuais foram bloqueadas, ameaçadas e diretamente visadas nas semanas recentes, e nós vemos uma tentativa vigorosa de instrumentalizar nossa organização como uma garantia no conflito", informou o ICRC em comunicado.

Um funcionário do ICRC de cidadania libanesa foi morto em 21 de abril por atiradores não identificados que abriram fogo contra seu carro na cidade iemenita de Taiz, conforme seguia para visitar uma prisão, informou a agência na época.

"Embora a delegação no Iêmen tenha recebido diversas ameaças no passado, nós não podemos agora aceitar riscos adicionais menos de dois meses após um atirador matar um membro da equipe. A segurança de nossa equipe, que está sendo intimidada por lados no conflito, é um pré-requisito não negociável para nossa presença e trabalho no Iêmen e uma prioridade absoluta", segundo comunicado.

A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e aliados muçulmanos sunitas entraram na guerra em 2015 para tentar afastar os houthis, um movimento xiita aliado ao Irã que forçou um governo de apoio saudita ao exílio em 2014.

 

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