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Ameaças contra organismos de direitos humanos na Argentina

"As ameaças, realizadas em nome do autodenominado 'Comando Patriótico', exigiam o fim do julgamento dos genocidas", explicou o subsecretário Luis Alén


	Ex-ditador argentino Jorge Videla: ele e outros líderes do regime militar serão julgados por sua participação no "Plano Condor"
 (Wikimedia Commons)

Ex-ditador argentino Jorge Videla: ele e outros líderes do regime militar serão julgados por sua participação no "Plano Condor" (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 20h26.

Duas ameaças de bomba ocorreram nesta segunda-feira, em Buenos Aires, contra organismos de defesa dos direitos humanos que acompanham os julgamentos dos repressores da última ditadura militar (1976/83) na Argentina, informou uma fonte oficial.

"As ameaças, realizadas em nome do autodenominado 'Comando Patriótico', exigiam o fim do julgamento dos genocidas", explicou o subsecretário Luis Alén, da secretaria de Direitos Humanos da Nação, que recebeu a advertência por telefone.

A outra ameaça foi realizada à antiga ESMA (Escola de Mecânica da Armada), um dos mais importantes centros clandestinos de detenção do regime militar e onde hoje se realizam atividades humanitárias e culturais. O prédio da ESMA chegou a ser desocupado.

As advertências acontecem na véspera do início do primeiro julgamento do Plano Condor, que coordenou a repressão das ditaduras sul-americanas.

A partir desta terça-feira, o ex-ditador argentino Jorge Videla e outros líderes do regime militar serão julgados por sua participação no "Plano Condor", que coordenou a repressão das ditaduras de Brasil, Chile, Bolívia, Uruguai, Peru, Paraguai e Argentina nos anos 70 e 80.

"Entre os 25 imputados pelo Plano Condor estão Jorge Videla, Reynaldo Bignone e Luciano Benjamín Menéndez", segundo o site do Centro de Informação Judicial (CIJ).

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