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Ambientes poluídos matam 1,7 milhão de crianças por ano, diz OMS

Segundo a Organização Mundial da Saúde, ambientes insalubres ou poluídos podem levar a casos fatais de diarreia, malária e pneumonia

Crianças em campo da Grécia: poluição ambiental também aumenta o risco de doenças cardíacas, derrames e câncer ao longo da vida (Alexandros Avramidis/Reuters)
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Reuters

Publicado em 6 de março de 2017 às 09h14.

Londres - Um quarto de todas as mortes no mundo de crianças com menos de 5 anos se deve a ambientes insalubres ou poluídos, como água e ar sujos, fumo passivo e falta de higiene adequada, informou a Organização Mundial da Saúde ( OMS ) nesta segunda-feira.

Esses ambientes insalubres ou poluídos podem levar a casos fatais de diarreia, malária e pneumonia, disse a OMS em um relatório, e matar 1,7 milhão de crianças por ano.

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"Um ambiente poluído é mortal, particularmente para crianças pequenas", afirmou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, em um comunicado. "Seus órgãos e sistema imunológico em desenvolvimento, e seus corpos e vias aéreas menores, as tornam especialmente vulneráveis a água e ar sujos".

No relatório --"Herdando um mundo sustentável: Um atlas da saúde e do ambiente infantis"-- a OMS disse que a exposição danosa pode começar no útero e continuar se as crianças recém-nascidas e de colo forem expostas à poluição ambiental em locais abertos e fechados e ao fumo passivo.

Isto aumenta o risco de contraírem pneumonia na infância e o de doenças respiratórias crônicas, como a asma, ao longo da vida.

A poluição ambiental também aumenta o risco de doenças cardíacas, derrames e câncer ao longo da vida, segundo o relatório.

O documento também enfatizou que em lares sem acesso a água limpa e ao saneamento, ou que são poluídos por fumaça de combustíveis sujos, como carvão ou esterco usado para cozinhar e aquecer, as crianças correm um risco maior de diarreia e pneumonia.

As crianças também estão expostas a elementos químicos danosos na comida, na água, no ar e em produtos ao seu redor, disse o relatório.

Maria Neira, especialista de saúde pública da OMS, disse que isso continua sendo um fardo pesado, tanto em termos de mortes quanto de índices de longo prazo de doenças e enfermidades. Ela exortou os governos a fazerem mais para tornar todos os ambientes seguros para as crianças.

"Investir na remoção de riscos ambientais à saúde, como melhorar a qualidade da água ou usar combustíveis mais limpos, irá resultar em benefícios de saúde imensos", afirmou.

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