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Álvaro Dias quer que PSDB feche posição contra CPMF

Segundo senador tucano, decisão impede que desgaste pela volta do imposto seja transferido aos governadores

Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) diz que CPMF é responsabilidade do Governo Federal (José Cruz/Agência Brasil)

Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) diz que CPMF é responsabilidade do Governo Federal (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2010 às 14h58.

Brasília – O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pretende propor que, na próxima reunião do partido, os tucanos fechem acordo em uma só posição contra o retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). “Para proteger os governadores e evitar que o desgaste pela volta do imposto seja transferido a eles, essa responsabilidade é do Governo Federal”, afirmou Dias, em entrevista a EXAME.com. A proteção serve para tucanos como o governador reeleito de Minas Gerais, Antonio Anastasia, que já se manifestou a favor de um novo tributo para custear a saúde, em substituição à CPMF.

De acordo com o senador da oposição, o contribuinte já paga impostos demais e “o compromisso dos políticos é com a redução da carga tributária, não o aumento.” Segundo Álvaro Dias, a volta do imposto para os gastos com a saúde é ‘um pretexto falso’. “A CPMF arrecadou R$ 200 bilhões em 11 anos e a saúde pública foi parar na UTI”, disse ele. Para o parlamentar, a solução para os problemas da saúde são “reforma administrativa, corte de gastos supérfluos e redução da máquina pública descomunal que se montou.”

A possibilidade da prorrogação CPMF também fez o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen, que tomou a frente da mobilização pela extinção da cobrança em 2007, reativar o site Xô CPMF nesta segunda-feira (8). Na semana passada, o deputado emitiu uma nota de repúdio à possibilidade da recriação da CPMF, na qual dizia que “os Democratas não permitirão que o povo pague a conta da eleição”.

Apesar das opiniões contrárias à cobrança, o senador Álvaro Dias negou que já exista uma movimentação oficial da oposição no Congresso para lutar contra o imposto. “Aqui no Senado ainda não houve nenhuma movimentação sobre esse assunto, estamos retornando hoje (9) depois das eleições, a movimentação é mais externa”, acredita.
 

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