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Alta do iene não reflete a realidade, diz ministro das Finanças japonês

Ministro pediu que o governo do Japão fique atento aos movimentos do mercado no país

Ministro das Finanças considerou que a alta do iene com relação ao dólar é ilógica, dado que a economia japonesa ainda se recupera dos devastadores efeitos do terremoto (Tang Chhin Sothy/AFP)

Ministro das Finanças considerou que a alta do iene com relação ao dólar é ilógica, dado que a economia japonesa ainda se recupera dos devastadores efeitos do terremoto (Tang Chhin Sothy/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 06h40.

Tóquio - O ministro das Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, afirmou nesta quinta-feira que a situação real da economia japonesa não justifica a atual valorização do iene frente ao dólar, e insistiu que o Governo segue atento aos movimentos do mercado de divisas.

Os comentários de Noda acontecem depois de a moeda americana ter se desvalorizado novamente no começo da jornada diante do possível rebaixamento por parte da agência Moody's da qualificação da dívida dos Estados Unidos.

"Acredito que é uma tendência afastada da realidade e nos preocuparemos se se consolidar", disse Noda, citado pela agência local "Kyodo".

O ministro considerou que a alta do iene com relação ao dólar é ilógica, dado que a economia japonesa ainda se recupera dos devastadores efeitos do terremoto e do tsunami de 11 de março, além de sofrer os efeitos de uma persistente deflação.

Na quarta-feira, a divisa japonesa alcançou seu valor máximo em quatro meses com relação à moeda americana, que chegou a ser negociada a 78,49 ienes.

Após o terremoto e o tsunami de março, a especulação sobre os fundos em ienes que o Governo e as empresas mobilizariam para a recuperação fez com que a divisa japonesa alcançasse sua cotação máxima desde o pós-guerra com relação ao dólar, que chegou a custar 76,25 ienes.

Isso fez com que o G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) acordasse uma operação conjunta de venda de ienes para depreciar a moeda japonesa e impulsionar a recuperação do Japão, cujas empresas exportadoras, motor da economia, sofrem os efeitos de uma divisa forte.

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