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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Em relatório publicado hoje, a academia estabelece metas para o que chama de "Grande Desafio" de aumentar a quantidade de alimento disponível de forma sustentável.
Desde a década de 1960, a produção de comida no mundo aumentou em 138%, passando de 1,84 bilhões de toneladas em 1961 a 4,38 bilhões em 2007. Até 2050, estima-se que a população no mundo terá chegado aos nove bilhões de habitantes, o que significa que teremos que aumentar em 50% nossa produção atual.
Para isso, segundo a Royal Society, as grandes lavouras deverão ter método sustentáveis, preservando recursos naturais e apoiando a sobrevivência de fazendeiros e populações rurais. Para isso, o relatório enfatiza o papel da biologia.
O dinheiro destinado ao problema deverá apoiar o melhoramento de plantas tanto por métodos naturais de cruzamento como por modificações genéticas - e as mudanças são estabelecidas em três etapas.
Médio prazo (entre nove e 16 anos): criação e modificação genética de variedades resistentes a doenças, secas, salinidade, calor e metais pesados tóxicos.
Longo prazo (mais de 16 anos): o desenvolvimento de cereais com fixadores de nitrogênio que precisarão de menos fertilizantes, lavouras que não precisem de replantio constante e grãos de arroz com plantas mais fotossitentizantes.
Esse programa custaria cerca de dois bilhões de libras ao longo da próxima década. O desafio é mudar o padrão de consumo das pessoas, que precisam entender que os impactos das mudanças climáticas e a escassez de água e terra para plantio aumentam a dificuldade de produção de alimentos.