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AIE alerta sobre riscos na oferta de petróleo

A cautela do órgão ocorre em meio a alta acentuada dos preços do petróleo, causada por preocupações de que a crise egípcia poderia cortar o transporte através do Canal de Suez

Petróleo: a AIE previu que a demanda global pela commodity deve retomar o ritmo em 2014 (REUTERS/Arben Celi)
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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 06h59.

Londres - Riscos geopolíticos podem reduzir os ganhos obtidos com a oferta de petróleo dos EUA no próximo ano, afirmou a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta quinta-feira. O órgão também previu que a demanda global pela commodity deve retomar o ritmo em 2014.

A cautela da AIE ocorre em meio a alta acentuada dos preços do petróleo, causada por preocupações de que a crise egípcia poderia cortar o transporte de petróleo através do Canal de Suez. Isso poderia limitar os efeitos do boom de xisto dos EUA sobre os preços que os motoristas pagam nos postos de gasolina.

Em seu relatório mensal sobre o mercado de petróleo, a AIE, que representa alguns dos maiores consumidores de petróleo do mundo, disse que os problemas no Oriente Médio e no norte da África já compensaram bastante "o aumento da oferta norte-americana e podem continuar a fazê-lo."

Em sua primeira previsão para o próximo ano, a AIE disse que a produção de países de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) subirá em 1,3 milhão de barris por dia, uma taxa de crescimento anual que "só foi alcançada uma vez nos últimos 20 anos".

O maior aumento virá dos EUA, cuja produção será impulsionada em 530 mil barris por dia graças a recém desenvolvidas formações de rocha de xisto. Mas a agência também advertiu que a oferta vinda de fora da OPEP poderia ser reduzida em 500 mil barris por dia em relação ao previsto atualmente por causa de riscos geopolíticos e técnicos.

Ao mesmo tempo em que uma manutenção não planejada no Mar do Norte pode prejudicar a produção, a AIE destacou que a instabilidade política no Iêmen, Sudão, Sudão do Sul e na Síria deve continuar "ou até mesmo piorar em 2014", ameaçando os fluxos de petróleo.


A deposição do ex-presidente egípcio Mohammed Morsi, na semana passada, pelos militares é a mais recente fonte de preocupação sobre os embarques de petróleo da região.

Ainda que a produção do país seja pequena, cerca de 8% do trânsito global de exportações por via marítima passa pelo Egito. De acordo com a AIE, qualquer problema no país poderia adicionar 15 dias na viagem do Golfo Pérsico para a Europa.

Problemas na Líbia, Nigéria e Iraque já cortaram o fornecimento de petróleo bruto da OPEP em 370.000 barris por dia em junho, para 30,61 milhões de barris por dia, disse a agência.

O impacto das sanções sobre os embarques de petróleo do Irã também se aprofundou, e as exportações caíram 36%, para 800 mil barris por dia no mês passado, segundo a AIE.

Ainda que o cenário de oferta seja cheio de riscos, a agência prevê que a demanda global de petróleo cresça em 1,21 milhão de barris por dia em 2014. Isso se compara com uma previsão revisada para cima para o crescimento da demanda de petróleo de 930 mil barris por dia este ano.

A estimativa de demanda global de petróleo da AIE para 2014 - a primeira previsão para o próximo ano - é maior do que a previsão da OPEP, divulgada na quarta-feira, de um crescimento de 1 milhão de barris por dia. Mas o AIE tende a ser mais otimista sobre a demanda de petróleo do que o grupo dos produtores. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A cautela da AIE ocorre em meio a alta acentuada dos preços do petróleo, causada por preocupações de que a crise egípcia poderia cortar o transporte de petróleo através do Canal de Suez. Isso poderia limitar os efeitos do boom de xisto dos EUA sobre os preços que os motoristas pagam nos postos de gasolina.

Em seu relatório mensal sobre o mercado de petróleo, a AIE, que representa alguns dos maiores consumidores de petróleo do mundo, disse que os problemas no Oriente Médio e no norte da África já compensaram bastante "o aumento da oferta norte-americana e podem continuar a fazê-lo."

Em sua primeira previsão para o próximo ano, a AIE disse que a produção de países de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) subirá em 1,3 milhão de barris por dia, uma taxa de crescimento anual que "só foi alcançada uma vez nos últimos 20 anos".

O maior aumento virá dos EUA, cuja produção será impulsionada em 530 mil barris por dia graças a recém desenvolvidas formações de rocha de xisto. Mas a agência também advertiu que a oferta vinda de fora da OPEP poderia ser reduzida em 500 mil barris por dia em relação ao previsto atualmente por causa de riscos geopolíticos e técnicos.

Ao mesmo tempo em que uma manutenção não planejada no Mar do Norte pode prejudicar a produção, a AIE destacou que a instabilidade política no Iêmen, Sudão, Sudão do Sul e na Síria deve continuar "ou até mesmo piorar em 2014", ameaçando os fluxos de petróleo.


A deposição do ex-presidente egípcio Mohammed Morsi, na semana passada, pelos militares é a mais recente fonte de preocupação sobre os embarques de petróleo da região.

Ainda que a produção do país seja pequena, cerca de 8% do trânsito global de exportações por via marítima passa pelo Egito. De acordo com a AIE, qualquer problema no país poderia adicionar 15 dias na viagem do Golfo Pérsico para a Europa.

Problemas na Líbia, Nigéria e Iraque já cortaram o fornecimento de petróleo bruto da OPEP em 370.000 barris por dia em junho, para 30,61 milhões de barris por dia, disse a agência.

O impacto das sanções sobre os embarques de petróleo do Irã também se aprofundou, e as exportações caíram 36%, para 800 mil barris por dia no mês passado, segundo a AIE.

Ainda que o cenário de oferta seja cheio de riscos, a agência prevê que a demanda global de petróleo cresça em 1,21 milhão de barris por dia em 2014. Isso se compara com uma previsão revisada para cima para o crescimento da demanda de petróleo de 930 mil barris por dia este ano.

A estimativa de demanda global de petróleo da AIE para 2014 - a primeira previsão para o próximo ano - é maior do que a previsão da OPEP, divulgada na quarta-feira, de um crescimento de 1 milhão de barris por dia. Mas o AIE tende a ser mais otimista sobre a demanda de petróleo do que o grupo dos produtores. Fonte: Dow Jones Newswires.

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