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Agência recomenda às companhias evitarem voos a Tel Aviv

Agência Europeia de Segurança Aérea recomendou às companhias aéreas do continente a não voar ao aeroporto de Tel Aviv

Painel de voos no aeroporto de Tel Aviv: recomendação não tem cumprimento obrigatório (AFP/Getty Images)

Painel de voos no aeroporto de Tel Aviv: recomendação não tem cumprimento obrigatório (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 09h09.

Berlim - A Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) recomendou nesta quarta-feira às companhias aéreas do continente a não voar ao aeroporto de Tel Aviv, devido ao elevado risco relacionado ao atual conflito entre israelenses e palestinos.

Em comunicado, a EASA pediu aos "usuários do espaço aéreo" europeu que evitem operar "ao e desde" aeroporto internacional Ben Gurion, uma medida similar à adotada pela Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, que ontem proibiu as companhias aéreas do país a voar para este aeroporto.

A recomendação, que "não tem cumprimento obrigatório", como a própria EASA lembra em sua nota, ficará em vigor "até novo aviso", enquanto a proibição americana apresenta uma validade de apenas 24 horas.

A EASA se compromete a seguir monitorando esta "ameaça para a segurança" e a atualizar suas recomendações às companhias aéreas europeias, assim como autoridades nacionais, conforme a evolução da situação no Oriente Médio.

Perante a "insegura situação" do aeroporto Ben Gurion, as duas principais companhias aéreas alemãs, Lufthansa e Air Berlim, anunciaram ontem o cancelamento de seus voos a Israel durante 36 horas.

A Air France, por sua parte, cancelou ontem seus voos à capital israelense "até nova ordem", enquanto a British Airways optou por manter suas conexões diárias.

Situado a 17 quilômetros de Tel Aviv, Ben Gurion é o principal aeroporto internacional de Israel e concentra mais de 95% do tráfego aéreo com outros países.

No entanto, um foguete do tipo M75, disparado por militantes do movimento islamita Hamas, conseguiu atravessar o escudo do sistema antimísseis "Cúpula de Ferro" e causou danos consideráveis em um chalé particular da pequena cidade de Yehud, situada a menos de um quilômetro do aeroporto.

Como os foguetes palestinos seguem uma trajetória balística e são de baixa precisão, as autoridades israelenses não sabem se o alvo do foguete caído em Yehud era mesmo o aeroporto ou alvo em território israelense.

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