Agência Fitch rebaixa dívida soberana da China para perspectiva negativa
O Ministério das Finanças da China considerou a decisão "lamentável"
Agência de notícias
Publicado em 10 de abril de 2024 às 09h48.
Aagência de classificação Fitch rebaixou a dívida soberana da China para perspetiva negativa devido ao aumento dos riscos para as finanças públicas do país asiático, anunciou a empresa nesta quarta-feira, 10.
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"A revisão da perspectiva reflete os riscos crescentes nas previsões das finanças públicas chinesas, no momento em que o país enfrenta perspectivas econômicas mais incertas", afirmou a Fitch. "Os amplos déficits fiscais e o aumento da dívida pública nos últimos anos corroeram as reservas fiscais do ponto de vista da classificação", alertou a agência.
E acrescentou que "é cada vez mais provável que a política fiscal desempenhe um papel importante no apoio ao crescimento nos próximos anos, o que poderá manter a dívida em uma tendência de alta constante".O Ministério das Finanças da China considerou a decisão "lamentável".
"A partir dos resultados, é possível observar que o sistema de indicadores da metodologia de classificação de crédito soberano da Fitch falhou em refletir de forma eficaz e proativa" os esforços de Pequim para promover o crescimento econômico, afirmou o ministério em um comunicado.
A Fitch, no entanto, confirmou a nesta quarta-feira a nota da classificação de crédito da China em "A+", uma decisão que, segundo a agência, reflete a "economia grande e diversificada do país, as perspectivas ainda sólidas de crescimento do PIB em relação a seus pares, o papel integral no comércio mundial de bens, as finanças externas robustas e o status de moeda de reserva do yuan".
As autoridades chinesas lutam para estimular o crescimento da segunda maior economia do mundo, que enfrenta vários obstáculos, como a crise prolongada no setor imobiliário, o índice elevado de desemprego entre os jovens e uma frágil demanda externa por seus produtos.
O país estabeleceu em março uma meta de crescimento econômico de 5% para 2024, um objetivo ambicioso que o governo admitiu que será difícil de alcançar.