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Afeganistão enfrenta terceiro dia de protestos contra queima do Alcorão

Manifestações contra a queima do Alcorão nos EUA deixam mortos e feridos no Afeganistão

Pastor americano queimou exemplar do Alcorão nos Estados unidos e ato gerou violência no Afeganistão (Shah Marai/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2011 às 13h41.

Brasília – Três pessoas morreram hoje (3) e dezenas ficaram feridas no Afeganistão, no terceiro dia de protestos contra a queima de um exemplar do Alcorão numa igreja norte-americana. Entre 3 mil e 4 mil pessoas saíram às ruas nas províncias de Nangarhar (Leste), Kapisa (Centro), Kandahar (Sul), Badakshan (Nordeste) e Parwan (Norte), disse o porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Zemarai Bashary, citado por agências internacionais.

Ontem (2), pelo menos nove manifestantes morreram devido a disparos da polícia em Kandahar, em sequência dos protestos contra a queima do Alcorão por pastores protestantes dos Estados Unidos, no dia 20 de março.

Hoje, todas as estradas foram fechadas e as lojas de Kandahar, a mais importante do Sul do país, não chegaram a abrir as portas. No distrito de Pajjwai, na mesma província, os protestos também foram violentos e os manifestantes arremessaram pedras contra as forças de segurança ferindo três policiais.

Centenas de estudantes saíram às ruas da província oriental de Nangarhar com uma petição para que seja movida uma ação judicial contra quem queimou o livro sagrado do Islã, informou um porta-voz do governo provincial, Ahmad Zía Abdulzai.

O presidente afegão, Hamid Karzai, exigiu hoje, em comunicado, que o ocorrido com o Alcorão seja condenado pelo presidente, pelo Senado e pelo Congresso dos Estados Unidos e que sejam tomadas medidas para evitar que o evento se repita.

Até ao momento, 20 pessoas – sete dos quais funcionários das Nações Unidas – morreram no Afeganistão em consequência dos protestos que as autoridades têm atribuído aos talibãs, ainda que estes neguem ter qualquer relação com os acontecimentos.

O presidente norte-americano, Barack Obama, considerou a profanação do Alcorão "um ato de intolerância extrema" e enviou condolências às famílias das pessoas mortas num ataque contra o pessoal da ONU, ocorrido na última sexta-feira (1º).

O chefe da missão da ONU no Afeganistão (Unama), Staffan de Mistura, afirmou ontem que não se deve culpar os afegãos mas, sim, quem queimou o Alcorão.

No dia 20 de março, o pastor protestante Wayne Sapp queimou um exemplar do livro sagrado do islamismo numa igreja da Flórida, nos Estados Unidos, na presença de um outro pastor, Terry Jones, que, no ano passado, simulou fazer o mesmo a propósito do aniversário do 11 de setembro.

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Brasília – Três pessoas morreram hoje (3) e dezenas ficaram feridas no Afeganistão, no terceiro dia de protestos contra a queima de um exemplar do Alcorão numa igreja norte-americana. Entre 3 mil e 4 mil pessoas saíram às ruas nas províncias de Nangarhar (Leste), Kapisa (Centro), Kandahar (Sul), Badakshan (Nordeste) e Parwan (Norte), disse o porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Zemarai Bashary, citado por agências internacionais.

Ontem (2), pelo menos nove manifestantes morreram devido a disparos da polícia em Kandahar, em sequência dos protestos contra a queima do Alcorão por pastores protestantes dos Estados Unidos, no dia 20 de março.

Hoje, todas as estradas foram fechadas e as lojas de Kandahar, a mais importante do Sul do país, não chegaram a abrir as portas. No distrito de Pajjwai, na mesma província, os protestos também foram violentos e os manifestantes arremessaram pedras contra as forças de segurança ferindo três policiais.

Centenas de estudantes saíram às ruas da província oriental de Nangarhar com uma petição para que seja movida uma ação judicial contra quem queimou o livro sagrado do Islã, informou um porta-voz do governo provincial, Ahmad Zía Abdulzai.

O presidente afegão, Hamid Karzai, exigiu hoje, em comunicado, que o ocorrido com o Alcorão seja condenado pelo presidente, pelo Senado e pelo Congresso dos Estados Unidos e que sejam tomadas medidas para evitar que o evento se repita.

Até ao momento, 20 pessoas – sete dos quais funcionários das Nações Unidas – morreram no Afeganistão em consequência dos protestos que as autoridades têm atribuído aos talibãs, ainda que estes neguem ter qualquer relação com os acontecimentos.

O presidente norte-americano, Barack Obama, considerou a profanação do Alcorão "um ato de intolerância extrema" e enviou condolências às famílias das pessoas mortas num ataque contra o pessoal da ONU, ocorrido na última sexta-feira (1º).

O chefe da missão da ONU no Afeganistão (Unama), Staffan de Mistura, afirmou ontem que não se deve culpar os afegãos mas, sim, quem queimou o Alcorão.

No dia 20 de março, o pastor protestante Wayne Sapp queimou um exemplar do livro sagrado do islamismo numa igreja da Flórida, nos Estados Unidos, na presença de um outro pastor, Terry Jones, que, no ano passado, simulou fazer o mesmo a propósito do aniversário do 11 de setembro.

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