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Advogados de direitos humanos são acusados de subversão

A polícia prendeu e interrogou em julho passado mais de 130 advogados e funcionários de escritórios de advocacia


	Direitos humanos: após as prisões de julho, ao menos 16 advogados e funcionários permaneceram detidos em locais secretos
 (Kim Kyung-Hoon / Reuters)

Direitos humanos: após as prisões de julho, ao menos 16 advogados e funcionários permaneceram detidos em locais secretos (Kim Kyung-Hoon / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 09h25.

Ao menos sete advogados e juristas chineses defensores dos direitos humanos que estavam detidos em um lugar secreto há seis meses foram acusados formalmente de subversão ou incitação à subversão, informaram nesta terça-feira familiares e colegas.

A polícia prendeu e interrogou em julho passado mais de 130 advogados e funcionários de escritórios de advocacia, um ato de repressão de uma magnitude sem precedentes contra ativistas que tentam se impor diante de tribunais submetidos ao poder político.

Zhou Shifeng, fundador do escritório Fengrui, em Pequim, preso em julho, foi acusado formalmente de "subversão contra o Estado", e pode ser punido com uma pena de prisão perpétua, anunciou seu colega Liu Xiaoyuan.

Após as prisões de julho, ao menos 16 advogados e funcionários permaneceram detidos em locais secretos e até esta semana seus familiares não tinham notícias sobre sua situação.

A imprensa oficial os chamou de grupo criminoso e a gravidade das acusações sugere que serão condenados a longas penas, potencialmente baseadas em confissões forçadas.

Uma semana depois de sua prisão, os meios de comunicação oficiais disseram que Zhou confessou um crime não precisado.

O advogado Li Shuyun, de 24 anos, que atuava no escritório, também foi acusado de "subversão contra o Estado", segundo Liu.

Outro advogado do Fengrui, Wang Quanzhang, enfrenta a mesma acusação, anunciou seu irmão em uma rede social.

Outras quatro pessoas foram acusadas de "incitação à subversão contra o Estado", e podem ser condenadas a uma pena de até 15 anos de prisão.

Várias ONGs e especialistas denunciam que sob a presidência de Xi Jinping a repressão contra as vozes críticas se agravou.

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