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Acordo na Otan mantém EUA no comando dos ataques na Líbia

O presidente Barack Obama e outras autoridades norte-americanas deixaram claro que vão transferir a chefia das operações assim que possível

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 21h59.

Washigton - A decisão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de assumir o comando da manutenção de uma zona de exclusão aérea na Líbia não inclui a realização de ataques aéreos contra as forças do líder líbio, Muammar Gaddafi, missão que continuará nas mãos dos Estados Unidos até que um novo acordo seja definido, disse na sexta-feira o vice-almirante Bill Gortney.

Gortney, que é chefe do estado conjunto das Forças Armadas dos EUA, afirmou que a operação apoiada pelos norte-americanos contra as forças de Gaddafi envolve três diferentes missões: a imposição de um embargo a armas, uma zona de exclusão aérea e a proteção de civis líbios.

Ele disse ainda que os militares dos EUA inicialmente assumiram o comando de todas as três missões para implementar rapidamente a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) autorizando a ação.

Mas o presidente Barack Obama e outras autoridades norte-americanas deixaram claro que vão transferir a chefia das operações assim que possível. A aliança ocidental já assumiu o controle do embargo de armas, liderado por um vice-almirante italiano e concordou em se encarregar da zona de exclusão aérea nos próximos dias, disse Gortney.

Há divergências, porém, sobre a terceira missão, que inclui ataques aéreos para impedir Gaddafi de atacar seus oponentes.

"Esta missão vai permanecer nas mãos dos EUA até o momento em que a coalizão estiver pronta para assumi-la", declarou ele durante uma coletiva de imprensa no Pentágono. "Minha expectativa é que isto também fique sob o controle da Otan. Mas... essas são decisões e discussões em andamento na instância política, e eu apenas não quero especular no momento como ficarão."

Gortney afirmou que a coalizão lançou 16 mísseis Tomahawk e realizou 163 incursões aéreas nas últimas 24 horas, das quais 96 estavam relacionadas a ataques e não exclusivamente ao patrulhamento da zona de exclusão aérea.

"A maioria desses ataques não é planejada previamente, mas visa alvos de oportunidade, o que significa que nós respondemos a ameaças quando ocorrem ou quando um novo alvo se mostra vulnerável e cujo abate é importante naquele momento," acrescentou.

Os ataques foram direcionados a instalações de comando e controle e guarnições de mísseis Scud ao redor de Trípoli, bem como a sistemas de defesa aérea ao sul. Gortney disse que os alvos também incluíram tanques líbios que se preparavam para atirar contra a cidade de Ajdabiya.

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