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Acnur pede que Europa abra fronteiras aos refugiados

"A população síria sofre e merece a misericórdia da comunidade internacional", manifestou o principal responsável do Acnur, António Guterres

Homem em local destruído por ataque com mísseis na Síria: cerca de 8.500 sírios que fogem da guerra civil estão atualmente na Bulgária (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 14h58.

Sófia - A Alta Delegacia das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) pediu nesta sexta-feira em Sófia que os países da Europa abram suas fronteiras aos refugiados da Síria e sejam solidários com o sofrimento.

"A população síria sofre e merece a misericórdia da comunidade internacional", manifestou o principal responsável do Acnur, António Guterres, após ser recebido pelo primeiro-ministro búlgaro, Plamen Oresharski.

Guterres destacou que já há 2,4 milhões de refugiados sírios, dos quais cerca de 700 mil se encontram na Turquia, e que no Líbano são tantos que supõem quase 25% da população, por isso que insistiu que solidariedade europeia é essencial.

"Neste sentido, é importante a ajuda da Europa e que os países da UE mantenham suas fronteiras abertas e também ajudem os refugiados em seus territórios", reivindicou Guterres.

"Os refugiados não são terroristas. Eles são as primeiras vítimas do terror", comentou Guterres ao ser questionado sobre as crescentes amostras de xenofobia na Bulgária em relação à chegada de refugiados sírios.


O responsável do Acnur comparou a situação na Bulgária com a de seu país natal na década de 1990, quando houve amostras de rejeição rumo aos imigrantes africanos.

"No momento atual, países como Bulgária e Portugal estão em situações econômicas difíceis e é fácil utilizar sentimentos negativos com este clima", lamentou Guterres.

Guterres está de visita na Bulgária, convidado pelas autoridades locais, junto com a delegada de polícia europeia de Cooperação Internacional, a búlgara Kristalina Georgieva, para tratar o tema dos refugiados.

O chefe do Acnur informou que na próxima semana este organismo enviará uma missão técnica a Bulgária para prestar socorro às autoridades.

A Bulgária, o país mais pobre da UE, tem dificuldades para tramitar a chegada de refugiados e imigrantes ilegais desde a Turquia, devido à falta de recursos.

Cerca de 8.500 sírios que fogem da guerra civil estão atualmente na Bulgária, grande parte deles esperando que sejam reconhecidos oficialmente sua condição de refugiados.

Os centros de alojamento estão lotados e muitos dos refugiados sírios vivem em condições miseráveis, sem calefação e nem água corrente.

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Sófia - A Alta Delegacia das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) pediu nesta sexta-feira em Sófia que os países da Europa abram suas fronteiras aos refugiados da Síria e sejam solidários com o sofrimento.

"A população síria sofre e merece a misericórdia da comunidade internacional", manifestou o principal responsável do Acnur, António Guterres, após ser recebido pelo primeiro-ministro búlgaro, Plamen Oresharski.

Guterres destacou que já há 2,4 milhões de refugiados sírios, dos quais cerca de 700 mil se encontram na Turquia, e que no Líbano são tantos que supõem quase 25% da população, por isso que insistiu que solidariedade europeia é essencial.

"Neste sentido, é importante a ajuda da Europa e que os países da UE mantenham suas fronteiras abertas e também ajudem os refugiados em seus territórios", reivindicou Guterres.

"Os refugiados não são terroristas. Eles são as primeiras vítimas do terror", comentou Guterres ao ser questionado sobre as crescentes amostras de xenofobia na Bulgária em relação à chegada de refugiados sírios.


O responsável do Acnur comparou a situação na Bulgária com a de seu país natal na década de 1990, quando houve amostras de rejeição rumo aos imigrantes africanos.

"No momento atual, países como Bulgária e Portugal estão em situações econômicas difíceis e é fácil utilizar sentimentos negativos com este clima", lamentou Guterres.

Guterres está de visita na Bulgária, convidado pelas autoridades locais, junto com a delegada de polícia europeia de Cooperação Internacional, a búlgara Kristalina Georgieva, para tratar o tema dos refugiados.

O chefe do Acnur informou que na próxima semana este organismo enviará uma missão técnica a Bulgária para prestar socorro às autoridades.

A Bulgária, o país mais pobre da UE, tem dificuldades para tramitar a chegada de refugiados e imigrantes ilegais desde a Turquia, devido à falta de recursos.

Cerca de 8.500 sírios que fogem da guerra civil estão atualmente na Bulgária, grande parte deles esperando que sejam reconhecidos oficialmente sua condição de refugiados.

Os centros de alojamento estão lotados e muitos dos refugiados sírios vivem em condições miseráveis, sem calefação e nem água corrente.

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