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Ação policial para impedir plebiscito na Espanha gera polêmica

Ao menos 465 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre policiais e manifestantes em dia de votação na Espanha; Catalunha quer independência

Referendo da Catalunha, dia 01/10/2017 (Juan Medina/Reuters)

Referendo da Catalunha, dia 01/10/2017 (Juan Medina/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2017 às 12h54.

Última atualização em 1 de outubro de 2017 às 17h38.

Contrariando o governo da Espanha, a Catalunha realiza neste domingo, 1º, um referendo pela sua independência. Até agora, foram registrados pelo governo catalão ao menos 800 feridos, em decorrência de confrontos entre policiais e manifestantes.

Obedecendo ordens da justiça espanhola, que considera a votação ilegal, dez mil homens da Polícia Nacional e da Guarda Civil saíram às ruas para recolher urnas e apreender manifestantes, na intenção de desalojar os locais de votação.

Em um dos vídeos abaixo, é possível ver a resistência de pessoas numa das seções, que chegam a fazer um cordão humano para impedir a entrada dos policiais. Esses, por sua vez, reagem arrastando pessoas, empurrando pela escada abaixo e até puxando pelo cabelo. Em outro vídeo, bombeiros protegem uma multidão da ação de policiais.

O governo catalão estima que o plebiscito ocorra em 73% dos 6 mil postos de votação, apesar da repressão policial. Foram convocados às urnas 5,3 milhões de pessoas. 

Até mesmo o presidente catalão Carles Puigdemont teve dificuldade para realizar seu voto nesta manhã, no ginásio onde estava previsto, porque a Guarda Civil entrou à força no local e assumiu o controle. Ele seguiu para uma seção eleitoral próxima e denunciou “o uso injustificado, irracional e irresponsável da violência por parte do Estado espanhol”

Segundo o governo da Espanha, no entanto, os policiais atuam de forma proporcional e profissional frente à "irresponsabilidade" de autoridades da Catalunha - responsável por 19% do PIB espanhol.

Veja vídeos e fotos publicados por usuários do Twitter:

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