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Abaixo-assinado pede que Massacre de Munique seja lembrado

O comitê realizou um minuto de silêncio na última segunda-feira na Vila dos Atletas durante a inauguração do Muro da Trégua Olímpica

Funcionários instalam cartaz: as vítimas do ataque em Munique insistem em homenageá-los na próxima sexta-feira durante a cerimônia de abertura dos Jogos (©AFP / Johannes Eisele)
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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 13h24.

Londres - As viúvas de dois dos 11 atletas israelenses assassinados durante os Jogos Olímpicos de 1972, entregaram nesta quarta-feira ao Comitê Olímpico Internacional COI mais de 105 mil assinaturas para reivindicar um minuto de silêncio em memória às vítimas do Massacre de Munique durante a cerimônia de abertura de Londres-2012, nesta sexta-feira.

Às vésperas de o atentado completar 40 anos, Ankie Spitzer e Ilana Romano, viúvas do treinador de esgrima Andrei Spitzer e do halterofilista Yosef Romano, recolheram assinaturas por todo o mundo em favor da homenagem, contra a qual o COI já havia se manifestado no ano passado para, segundo a entidade, não politizar o evento.

Por outro lado, o comitê realizou um minuto de silêncio na última segunda-feira na Vila dos Atletas durante a inauguração do Muro da Trégua Olímpica, símbolo da Vila Olímpica desde Sidney-2000. A tradição, no entanto, remete à Grécia Antiga e consiste na suspensão temporária das guerras para que os atletas possam se deslocar sem riscos aos locais de competição em segurança.

No entanto, as famílias das vítimas do ataque em Munique insistem em homenageá-los na próxima sexta-feira durante a cerimônia de abertura dos Jogos na capital britânica.

"Ao rejeitarem este gesto, estão ferindo a memória dos que morreram. Meu marido morreu em solo olímpico e merece as mesmas honras que qualquer outro atleta olímpico", argumentou Ilana.

"Estamos esperando há 40 anos, e as desculpas nunca acabam. Durante todo este tempo escutei todo tipo delas", criticou Ankie.

Além das milhares de assinaturas recolhidas, a iniciativa recebeu o apoio de Parlamentos e presidentes de diversos países, entre eles o americano Barack Obama.

No entanto, o presidente do COI, Jacques Rogge, já reiterou no começo desta semana que a cerimônia de abertura dos Jogos não é a atmosfera adequada para recordar um incidente tão trágico e lembrou que em 5 de setembro deste ano, exatamente 40 anos depois que os israelenses foram sequestrados, serão realizadas várias homenagens oficiais.

"É um ato sobre paz, amizade e fraternidade. Não é um ato sobre vingança e ressentimento. Não entendo por que é tão difícil para o COI e a organização dos Jogos de Londres fazer isto", lamentou a viúva de Andrei Spitzer.

Em 6 de setembro de 1972, um dia após terem sido feitos reféns, 11 integrantes da delegação olímpica israelense em Munique foram assassinados por um comando terrorista palestino chamado Setembro Negro.

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Londres - As viúvas de dois dos 11 atletas israelenses assassinados durante os Jogos Olímpicos de 1972, entregaram nesta quarta-feira ao Comitê Olímpico Internacional COI mais de 105 mil assinaturas para reivindicar um minuto de silêncio em memória às vítimas do Massacre de Munique durante a cerimônia de abertura de Londres-2012, nesta sexta-feira.

Às vésperas de o atentado completar 40 anos, Ankie Spitzer e Ilana Romano, viúvas do treinador de esgrima Andrei Spitzer e do halterofilista Yosef Romano, recolheram assinaturas por todo o mundo em favor da homenagem, contra a qual o COI já havia se manifestado no ano passado para, segundo a entidade, não politizar o evento.

Por outro lado, o comitê realizou um minuto de silêncio na última segunda-feira na Vila dos Atletas durante a inauguração do Muro da Trégua Olímpica, símbolo da Vila Olímpica desde Sidney-2000. A tradição, no entanto, remete à Grécia Antiga e consiste na suspensão temporária das guerras para que os atletas possam se deslocar sem riscos aos locais de competição em segurança.

No entanto, as famílias das vítimas do ataque em Munique insistem em homenageá-los na próxima sexta-feira durante a cerimônia de abertura dos Jogos na capital britânica.

"Ao rejeitarem este gesto, estão ferindo a memória dos que morreram. Meu marido morreu em solo olímpico e merece as mesmas honras que qualquer outro atleta olímpico", argumentou Ilana.

"Estamos esperando há 40 anos, e as desculpas nunca acabam. Durante todo este tempo escutei todo tipo delas", criticou Ankie.

Além das milhares de assinaturas recolhidas, a iniciativa recebeu o apoio de Parlamentos e presidentes de diversos países, entre eles o americano Barack Obama.

No entanto, o presidente do COI, Jacques Rogge, já reiterou no começo desta semana que a cerimônia de abertura dos Jogos não é a atmosfera adequada para recordar um incidente tão trágico e lembrou que em 5 de setembro deste ano, exatamente 40 anos depois que os israelenses foram sequestrados, serão realizadas várias homenagens oficiais.

"É um ato sobre paz, amizade e fraternidade. Não é um ato sobre vingança e ressentimento. Não entendo por que é tão difícil para o COI e a organização dos Jogos de Londres fazer isto", lamentou a viúva de Andrei Spitzer.

Em 6 de setembro de 1972, um dia após terem sido feitos reféns, 11 integrantes da delegação olímpica israelense em Munique foram assassinados por um comando terrorista palestino chamado Setembro Negro.

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