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A política é dura, diz Merkel à menina que será deportada

A chanceler foi criticada por participação em debate, no qual foi confrontada por menina palestina que será deportada da Alemanha

A chanceler alemã, Angela Merkel, conversa com menina refugiada palestina durante programa de televisão (Steffen Kugler/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 19h53.

Merkel - A chanceler alemã, Angela Merkel , foi criticada por sua participação em um debate público, no qual foi confrontada por uma menina palestina refugiada.

Às lágrimas, a adolescente disse que terá de deixar a Alemanha , depois de ter seu pedido de asilo rejeitado pelo governo.

O encontro aconteceu em Rostock (nordeste) e foi transmitido na noite de quarta-feira por uma rede pública regional no programa "Viver bem na Alemanha".

O programa faz parte de uma campanha governamental de diálogo público e foi retomado nesta quinta-feira nas redes sociais, gerando muitas críticas.

No evento, a adolescente palestina se dirige à chanceler e explica, em um alemão perfeito, que passa por um momento complicado. Segundo ela, sua família terá de voltar para o Líbano, após passar quatro anos na Alemanha.

"Também tenho projetos, gostaria de estudar. É realmente uma vontade minha, um objetivo que quero alcançar. É muito triste ver que outros terão essa oportunidade e que eu não vou poder compartilhar isso com eles", diz, com uma tímida voz.

A chanceler responde que entende a situação, mas que "às vezes, a política é dura".

"Você está diante de mim, e é uma pessoa muito simpática, mas também sabe que, nos campos de refugiados palestinos no Líbano, há milhares e milhares de pessoas", afirmou Merkel.

A chanceler explicou que seu país não pode acolher todos os refugiados e que enfrenta um dilema. Depois, a menina começa a chorar.

"Mas você fez bem", disse Merkel à menina refugiada.

O apresentador intervém e diz à Merkel: "chanceler, não creio que se trate de ter feito bem, ou mal, mas sim, que enfrenta uma situação muito difícil".

"Eu sei", respondeu Merkel.

"É por isso que também quero reconfortá-la", afirma a chanceler, que se aproxima da jovem e a afaga nas costas, sem soltar o microfone.

Nas redes sociais, a hashtag #Merkelstreichelt (Merkel acaricia) era uma das principais tendências entre os usuários alemães do Twitter.

Muitos meios de comunicação e internautas criticaram a cena e disseram ser uma prova da insensibilidade da chanceler. Outros defenderam que qualquer político teria tido dificuldades na mesma situação.

Veja o vídeo:

https://youtube.com/watch?v=s9P1tSEDxO4

São Paulo – A Letônia é o país que tem as piores condições para receber imigrantes , segundo o índice MIPEX, produzido em parceira entre o British Council e a organização europeia para políticas de imigração Migration Policy Group, revisado periodicamente. O ranking avaliou países europeus, o Canadá e os Estados Unidos. Recentemente, a pesquisa também incluiu o Japão (que ficou em 29º lugar do ranking) e a Austrália (que figurou em quinto lugar). Foram analisados 33 países no total e, por conta desta metodologia, nenhum país da América Latina apareceu no ranking. O estudo aplicou uma nota de até 100 para sete áreas principais: mobilidade no mercado de trabalho, possibilidade de reunir a família no país, educação, participação do imigrante na política, residência de longo prazo, acesso à nacionalidade e políticas contra discriminação. Nenhuma nação alcançou a nota máxima. Confira nas fotos ao lado e confira os piores países para ser imigrante segundo a classificação geral, além da nota em cada um dos critérios estudados.
  • 2. 33º) Letônia – 31 pontos

    2 /12(Wikimedia Commons)

  • Veja também

    Mobilidade no mercado de trabalho: 36
    Possibilidade de reunir a família: 46
    Residência de longo prazo: 59
    Políticas contra discriminação: 25
    Participação política: 18
    Acesso à nacionalidade: 15
    Educação: 17
  • 3. 32º) Chipre – 35 pontos

    3 /12(Getty Images)

  • Mobilidade no mercado de trabalho: 21
    Possibilidade de reunir a família: 39
    Residência de longo prazo: 37
    Políticas contra discriminação: 59
    Participação política: 25
    Acesso à nacionalidade: 32
    Educação: 33
  • 4. 31º) Eslováquia – 36 pontos

    4 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 21
    Possibilidade de reunir a família: 53
    Residência de longo prazo: 50
    Políticas contra discriminação: 59
    Participação política: 21
    Acesso à nacionalidade: 27
    Educação: 24
  • 5. 30º) Malta – 37 pontos

    5 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 43
    Possibilidade de reunir a família:
    48
    Residência de longo prazo:
    64
    Políticas contra discriminação:
    36
    Participação política:
    25
    Acesso à nacionalidade:
    26
    Educação:
    16
  • 6. 29º) Japão – 38 pontos

    6 /12(Kiyoshi Ota/Getty Images)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 62
    Possibilidade de reunir a família:
    51
    Residência de longo prazo:
    58
    Políticas contra discriminação:
    14
    Participação política:
    27
    Acesso à nacionalidade:
    33
    Educação:
    19
  • 7. 28º) Lituânia – 40 pontos

    7 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 46
    Possibilidade de reunir a família:
    59
    Residência de longo prazo:
    57
    Políticas contra discriminação:
    55
    Participação política:
    25
    Acesso à nacionalidade:
    20
    Educação:
    17
  • 8. 27º) Bulgária – 41 pontos

    8 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 40
    Possibilidade de reunir a família: 51
    Residência de longo prazo: 57
    Políticas contra discriminação: 80
    Participação política: 17
    Acesso à nacionalidade: 24
    Educação: 15
  • 9. 26º) Polônia – 42 pontos

    9 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 48
    Possibilidade de reunir a família: 67
    Residência de longo prazo: 65
    Políticas contra discriminação: 36
    Participação política: 13
    Acesso à nacionalidade: 35
    Educação: 29
  • 10. 25º) Áustria – 42 pontos

    10 /12(Getty Images)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 56
    Possibilidade de reunir a família: 41
    Residência de longo prazo: 58
    Políticas contra discriminação: 40
    Participação política: 33
    Acesso à nacionalidade: 22
    Educação: 44
  • 11. 24º) Suíça – 43 pontos

    11 /12(Mike Hewitt/Getty Images)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 53
    Possibilidade de reunir a família: 40
    Residência de longo prazo: 41
    Políticas contra discriminação: 31
    Participação política: 59
    Acesso à nacionalidade: 36
    Educação: 45
  • 12. Agora veja a ponta contrária do ranking

    12 /12(Sean Gallup/Getty Images)

  • Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAngela MerkelEuropaImigraçãoPaíses ricosPalestinaPersonalidadesPolíticos

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