A arrancada de Trump
O final de semana foi dividido nos Estados Unidos. O mais novo presidente, Donald Trump, assumiu na sexta-feira reiterando suas promessas de campanha, afirmando que irá trazer de volta os empregos e acabar com a “carnificina dos americanos”. Ele passou o final de semana continuando a celebração da posse e compareceu a uma cerimônia religiosa. […]
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 04h14.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h13.
O final de semana foi dividido nos Estados Unidos. O mais novo presidente, Donald Trump, assumiu na sexta-feira reiterando suas promessas de campanha, afirmando que irá trazer de volta os empregos e acabar com a “carnificina dos americanos”. Ele passou o final de semana continuando a celebração da posse e compareceu a uma cerimônia religiosa. Cerca de 5 milhões de pessoas foram às ruas na Marcha das Mulheres, em protestos que se espalharam pelo mundo.
É, portanto, sob pressão que Trump começa hoje o seu primeiro dia efetivo de trabalho. Ele já havia afirmado que passaria o final de semana sem pegar no batente, para não misturar dever com as festas de posse. No primeiro dia útil da era Trump é esperado que ele já comece a usar a principal ferramenta de seu governo: a caneta.
É esperado que o presidente comece a assinar cerca de 200 medidas, separadas por sua equipe de assessores em diversos assuntos e questões que não necessitam aprovação do Congresso. A maioria delas deve ser sobre saúde — um dos pontos de Trump sempre foi acabar com o programa Obamacare — política climática, imigração, energia e até dificultar o asilo e a imigração nos Estados Unidos.
Nada novo para ele: como presidente das Organizações Trump, seu papel de delegar ordens e aprovar sozinho diretrizes deve lhe render algumas vitórias iniciais, antes do moroso processo de aprovar leis junto ao Congresso. Obama fez a mesma coisa nos primeiros dias de governo e no segundo mandato, quando os republicanos dominaram a Câmara e causaram problemas para os democratas aprovarem suas políticas em meio-ambiente e imigração — medidas que devem ser revogadas por Trump agora.
Ainda não é claro quantas dessas medidas Trump irá aprovar, tampouco qual será o real impacto direto delas nas vidas dos americanos. Segundo seu assessor de imprensa, Sean Spicer “devemos ver muito em breve ele tomar medidas para sair do Tratado Trans-Pacífico e do Nafta”, acordo comercial com Canadá e México. Trump pediu união no seu discurso de vitória, na noite do dia 8 de novembro. Na posse, ele reafirmou ser o Trump polêmico da campanha. Os primeiros dias de seu mandato devem confirmar isso.