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40% dos espanhóis são a favor de expulsar imigrantes desempregados

Segundo um relatório contra a xenofobia, 80% acreditam que há um número excessivo de imigrantes no país

Málaga, na Espanha: tendência é a mesma que foi registrada em 2008 (Vlad Volkov/Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 14h45.

Madri - Quatro em cada dez espanhóis são a favor de expulsar os imigrantes desempregados e quase 80% acham que há um número "excessivo" de estrangeiros na Espanha.

Estes números foram expostos em um relatório elaborado pelo Observatório Espanhol do Racismo e a Xenofobia, que faz parte do Ministério do Trabalho e Imigração. O documento analisa os dados divulgados pelo Centro de Pesquisas Sociológicas (CIS, na sigla em espanhol) do final de 2009 sobre as atitudes dos cidadãos em relação à imigração na Espanha.

Segundo o relatório, que reitera a tendência registrada durante 2008, os espanhóis consideram que os imigrantes são o coletivo "mais protegido", que recebe mais do que contribui e que monopoliza os benefícios governamentais, sobretudo os relacionados à educação. Além disso, são responsabilizados pela deterioração da qualidade da saúde pública.

Não houve variações na valorização da diversidade que a imigração oferece, embora tenha subido a aprovação da expulsão de uma estudante por usar véu islâmico e a tolerância à manutenção da cultura e costumes estrangeiros tenha caído.

Os especialistas responsáveis pelo relatório atribuem a mudança na imagem da imigração à crise econômica e advertem que tem uma maior incidência nos grupos de população que estão mais expostos à concorrência no mercado de trabalho.

Para 39% dos entrevistados, é "bastante aceitável" que se prefira contratar um espanhol a um estrangeiro, enquanto para 24% é "muito aceitável". Já para 22% é "pouco aceitável" e 9% acham "nada aceitável".

No entanto, a crise não motivou o crescimento da aceitação dos espanhóis a partidos de ideologia racista ou xenófoba.

Segundo a pesquisa, 18% dos espanhóis estão "muito de acordo" com a ideia de que os imigrantes desempregados durante muito tempo sejam expulsos do país; 22% estão "de acordo"; 26%, "em desacordo", enquanto 22% estão "em muito em desacordo".

Com relação ao número de imigrantes que vivem na Espanha (5.056.256 até março deste ano, segundo dados oficiais), 46% opinam que é "excessivo", 33% acham "elevado", e 17%, "aceitável".

O relatório conclui que em tempos de crise e de incerteza econômica é "muito necessário" cuidar das imagens e das mensagens sobre imigração, para evitar que se possam ativar atitudes xenófobas.

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Madri - Quatro em cada dez espanhóis são a favor de expulsar os imigrantes desempregados e quase 80% acham que há um número "excessivo" de estrangeiros na Espanha.

Estes números foram expostos em um relatório elaborado pelo Observatório Espanhol do Racismo e a Xenofobia, que faz parte do Ministério do Trabalho e Imigração. O documento analisa os dados divulgados pelo Centro de Pesquisas Sociológicas (CIS, na sigla em espanhol) do final de 2009 sobre as atitudes dos cidadãos em relação à imigração na Espanha.

Segundo o relatório, que reitera a tendência registrada durante 2008, os espanhóis consideram que os imigrantes são o coletivo "mais protegido", que recebe mais do que contribui e que monopoliza os benefícios governamentais, sobretudo os relacionados à educação. Além disso, são responsabilizados pela deterioração da qualidade da saúde pública.

Não houve variações na valorização da diversidade que a imigração oferece, embora tenha subido a aprovação da expulsão de uma estudante por usar véu islâmico e a tolerância à manutenção da cultura e costumes estrangeiros tenha caído.

Os especialistas responsáveis pelo relatório atribuem a mudança na imagem da imigração à crise econômica e advertem que tem uma maior incidência nos grupos de população que estão mais expostos à concorrência no mercado de trabalho.

Para 39% dos entrevistados, é "bastante aceitável" que se prefira contratar um espanhol a um estrangeiro, enquanto para 24% é "muito aceitável". Já para 22% é "pouco aceitável" e 9% acham "nada aceitável".

No entanto, a crise não motivou o crescimento da aceitação dos espanhóis a partidos de ideologia racista ou xenófoba.

Segundo a pesquisa, 18% dos espanhóis estão "muito de acordo" com a ideia de que os imigrantes desempregados durante muito tempo sejam expulsos do país; 22% estão "de acordo"; 26%, "em desacordo", enquanto 22% estão "em muito em desacordo".

Com relação ao número de imigrantes que vivem na Espanha (5.056.256 até março deste ano, segundo dados oficiais), 46% opinam que é "excessivo", 33% acham "elevado", e 17%, "aceitável".

O relatório conclui que em tempos de crise e de incerteza econômica é "muito necessário" cuidar das imagens e das mensagens sobre imigração, para evitar que se possam ativar atitudes xenófobas.

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