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4.600 presos palestinos iniciam greve de fome em Israel

Eles protestam contra a morte de um detendo que sofria de câncer e que, segundo a ANP, não recebeu o devido atendimento médico

Ativistas árabes protestam fora da prisão Megido no norte de Israel: o exército israelense aumentou sua presença em Jerusalém e Cisjordânia para evitar protestos  (Jack Guez/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 08h24.

Jerusalém - Cerca de 4.600 palestinos presos em Israel iniciaram nesta quarta-feira uma greve de fome para protestar contra a morte de um recluso que sofria de câncer e que segundo a Autoridade Nacional Palestina (ANP) não recebeu o devido atendimento médico.

O presidente do Clube de Presos Palestinos, Qadura Fares, disse à Agência Efe que aproximadamente 4.600 detentos se negaram na manhã de hoje a realizar suas refeições e que a medida continuará sendo aplicada.

"É um período muito tenso. Tínhamos apelado para a comunidade internacional porque se sabia o estado crítico de Maysara Abu Hamdiye (preso morto ontem), mas a ocupação israelense não queria que ele passasse seus últimos dias com sua família", declarou Fares.

A porta-voz do serviço penitenciário israelense, Sivan Weizmann, confirmou que este número de presos não se alimentou pela manhã.

As autoridades israelenses não definem esta situação como greve de fome, termo que empregam após a rejeição de seis refeições em um prazo de 48 horas.

Abu Hamdiye, 64, foi condenado à prisão perpétua por seu envolvimento em um frustrado atentado em Jerusalém. O palestino morreu em função de um câncer na garganta em um hospital de Bersheva, próximo da penitenciária de Seroka.


Segundo a agência palestina "Maan", em março Hamdiye se queixou a seu advogado de que só recebia analgésicos para tratar de seu câncer e não contava com atendimento médico dentro da prisão.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, declarou ontem em Ramala que a morte de Abu Hamdiye é uma demonstração da "intransigência e arrogância" de Israel.

O responsável pelo serviço de prisões israelenses no sul do país, Gondar Nasim Sabiti, disse que estava sendo analisada uma libertação adiantada para Abu Hamdiye, o que seria discutida nesta semana.

O governo israelense acusa a ANP de utilizar a morte para gerar um aumento da violência na região.

Israel realizará hoje a autópsia do corpo do prisioneiro em Tel Aviv, na presença de um observador palestino.

O corpo será depois entregue à ANP, que organizará o enterro, que deverá ser realizado amanhã em sua cidade natal, Hebron, no sul do território ocupado da Cisjordânia.

O Exército israelense aumentou sua presença em Jerusalém e Cisjordânia para evitar protestos e enviará um grande aparato de segurança para o funeral.

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Jerusalém - Cerca de 4.600 palestinos presos em Israel iniciaram nesta quarta-feira uma greve de fome para protestar contra a morte de um recluso que sofria de câncer e que segundo a Autoridade Nacional Palestina (ANP) não recebeu o devido atendimento médico.

O presidente do Clube de Presos Palestinos, Qadura Fares, disse à Agência Efe que aproximadamente 4.600 detentos se negaram na manhã de hoje a realizar suas refeições e que a medida continuará sendo aplicada.

"É um período muito tenso. Tínhamos apelado para a comunidade internacional porque se sabia o estado crítico de Maysara Abu Hamdiye (preso morto ontem), mas a ocupação israelense não queria que ele passasse seus últimos dias com sua família", declarou Fares.

A porta-voz do serviço penitenciário israelense, Sivan Weizmann, confirmou que este número de presos não se alimentou pela manhã.

As autoridades israelenses não definem esta situação como greve de fome, termo que empregam após a rejeição de seis refeições em um prazo de 48 horas.

Abu Hamdiye, 64, foi condenado à prisão perpétua por seu envolvimento em um frustrado atentado em Jerusalém. O palestino morreu em função de um câncer na garganta em um hospital de Bersheva, próximo da penitenciária de Seroka.


Segundo a agência palestina "Maan", em março Hamdiye se queixou a seu advogado de que só recebia analgésicos para tratar de seu câncer e não contava com atendimento médico dentro da prisão.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, declarou ontem em Ramala que a morte de Abu Hamdiye é uma demonstração da "intransigência e arrogância" de Israel.

O responsável pelo serviço de prisões israelenses no sul do país, Gondar Nasim Sabiti, disse que estava sendo analisada uma libertação adiantada para Abu Hamdiye, o que seria discutida nesta semana.

O governo israelense acusa a ANP de utilizar a morte para gerar um aumento da violência na região.

Israel realizará hoje a autópsia do corpo do prisioneiro em Tel Aviv, na presença de um observador palestino.

O corpo será depois entregue à ANP, que organizará o enterro, que deverá ser realizado amanhã em sua cidade natal, Hebron, no sul do território ocupado da Cisjordânia.

O Exército israelense aumentou sua presença em Jerusalém e Cisjordânia para evitar protestos e enviará um grande aparato de segurança para o funeral.

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