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2017 será ano mais quente já registrado sem El Niño, diz ONU

O alerta é feito no início da mais recente conferência sobre mudança climática, a COP23, realizada em Bonn, na Alemanha

Emissões: aumento das concentrações de dióxido de carbono contribui para o aquecimento do Planeta (starekase/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 12h22.

Bonn - A Organização Meteorológica Mundial, agência da Organização das Nações Unidas para o clima, afirmou que 2017 deve se tornar o ano mais quente já registrado, excluindo-se aqueles em que houve impacto do fenômeno do El Niño. A OMM disse que o atual será um dos três anos mais quentes da história, após 2015 e 2016, biênio marcado pela influência do poderoso El Niño, que pode contribuir para temperaturas mais altas .

O ano passado estabeleceu o novo recorde para a temperatura média global. O alerta é feito no início da mais recente conferência sobre mudança climática da ONU, realizada em Bonn, na Alemanha.

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A OMM diz que indicadores importantes de mudanças climáticas, como as crescentes emissões de gás carbônico na atmosfera, a elevação do nível do mar e a acidificação dos oceanos, "continuaram sem interrupção" neste ano. A entidade disse que a temperatura média global entre janeiro e setembro deste ano ficou cerca de 0,5 graus Celsius mais quente que a média de 1981 a 2010.

Diplomatas e ativistas se reúnem na Alemanha para duas semanas de conversas sobre a implementação do acordo de Paris para combater a mudança climática. Grupos de ambientalistas realizaram protestos na cidade do oeste alemão e em uma mina próxima, antes da reunião, para ressaltar o uso continuado pela Alemanha de combustíveis muito poluentes.

A conferência foi aberta pelo primeiro-ministro de Fiji, Voreqe `Frank' Bainimarama. A ilha no Pacífico já sofre com os impactos do aquecimento global. A autoridade disse que é preciso cumprir os compromissos integralmente, não recuar deles.

O Acordo de Paris, de 2015, busca impedir que a temperatura global aumente mais de 1,5 grau Celsius. O premiê de Fiji não citou diretamente o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar o país do Acordo de Paris a menos que seu governo consiga condições melhores.

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