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111 alunas estão desaparecidas após ataque do Boko Haram

Os combatentes do Boko Haram, fortemente armados, atacaram a cidade de Dapchi, no estado de Yobe, na segunda-feira

Boko Haram: "Nossas filhas estão desaparecidas há dois dias e não sabemos onde estão" (AFP/AFP)

Boko Haram: "Nossas filhas estão desaparecidas há dois dias e não sabemos onde estão" (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 16h25.

Cento e onze estudantes estão desaparecidas no nordeste da Nigéria, dois dias após o ataque a uma escola para meninas pelo grupo extremista Boko Haram, anunciou nesta quarta-feira à imprensa o ministro da Polícia do estado de Yobe.

Após o ataque, "815 estudantes retornaram" ao internato da localidade de Dapchi de um total de 926 alunas. As demais seguem desaparecidas, declarou Abdulmaliki Sumonu, indicando que "nenhum caso de sequestro foi notificado por enquanto".

Os combatentes do Boko Haram, fortemente armados, atacaram a cidade de Dapchi, no estado de Yobe, na segunda-feira, segundo testemunhas à AFP.

As alunas e professores de um internado feminino, Girls Science Secondary School, fugiram para a selva, temendo a repetição do sequestro das garotas de Chibok em 2014.

"Nossas filhas estão desaparecidas há dois dias e não sabemos onde estão", disse à AFP Abubakar Shehu, cuja neta está entre o grupo desaparecido.

"Nos disseram que elas estavam em outras aldeias, mas estivemos em todos os lugares mencionados em vão", acrescentou.

"Começamos a temer que o pior tenha acontecido", acrescentou. "Temos medo de um novo Chibok", concluiu.

Inuwa Mohamed, cuja filha de 16 anos, Falmata, não reapareceu, confirmou que os pais haviam procurado suas filhas em todas as aldeias vizinhas. "Ninguém nos diz nada oficialmente", indicou Moahmed à AFP. "Ainda não sabemos quantas foram encontradas e quantas ainda estão desaparecidas", acrescentou.

O grupo jihadista Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é um pecado", conduz desde 2009 ataques no nordeste da Nigéria que já mataram mais de 20 mil pessoas. Em 2014, provocou uma onda de indignação global com o sequestro de 276 meninas em uma escola em Chibok.

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