Mercados

Venda de ações da Petrobras pela Caixa movimenta R$ 7,3 bilhões

Papéis foram negociados por R$ 30,25, um desconto de 1,5% em relação ao preço de fechamento da véspera.

PETROBRAS: Cade aprovou a aquisição pela Petronas de 50% dos direitos de exploração e produção da Petrobras no Campo de Tartaruga Verde, no Rio de Janeiro / REUTERS/Paulo Whitaker (Paulo Whitaker/Reuters)

PETROBRAS: Cade aprovou a aquisição pela Petronas de 50% dos direitos de exploração e produção da Petrobras no Campo de Tartaruga Verde, no Rio de Janeiro / REUTERS/Paulo Whitaker (Paulo Whitaker/Reuters)

TL

Tais Laporta

Publicado em 26 de junho de 2019 às 12h40.

Última atualização em 26 de junho de 2019 às 13h18.

A estatal Petrobras informou nesta quarta-feira (26) que movimentou R$ 7,3 bilhões com a venda das ações ordinárias da companhia que pertenciam à Caixa Econômica Federal. Os papéis foram negociados em oferta secundária (follow on) por R$ 30,25 – um desconto de 1,5% em relação ao preço de fechamento da véspera, de R$ 30,70.

No follow on, empresas que já abriram capital podem voltar a vender seus papéis. Quando a oferta é secundária, a companhia negocia ações de acionistas que desejam reduzir sua participação no negócio. Os recursos da venda vão para eles – no caso, a Caixa.

Com a operação, a Petrobras ganha com o aumento da liquidez de suas ações. A demanda dos investidores foi três vezes maior que o livro de ofertas.

As ações foram distribuídas tanto no mercado brasileiro quanto no exterior, por meio dos American Depositary Receipts (ADRs), que são recibos de ações negociados na bolsa de Nova York.

A Caixa detinha 2,3% das ações da Petrobras. Com um total de 241,3 milhões de ações ordinárias. A operação foi coordenada pelas unidades de banco de investimento da Caixa, UBS, Morgan Stanley, Bank of America e XP Investimentos.

Na manhã desta segunda, as ações ordinárias da Petrobras recuavam em torno de 0,36%. No ano, o papel da petrolífera acumula ganho de 7%.

Venda ações da Caixa

A Caixa Econômica vinha planejando se desfazer de sua participação na Petrobras, como parte de um plano de venda de ativos iniciado na gestão de Pedro Guimarães. O Executivo assumiu o comando do banco no início do ano e pretende usar o mercado de capitais como uma das saídas para viabilizar a privatização. 

Os próximos passos do banco serão se desfazer de suas participações na Alupar e no Banco do Brasil, além de abrir capital (IPO) de suas divisões de seguros e cartões.

A Caixa é uma empresa 100% pública, enquanto a Petrobras é uma estatal de economia mista, que tem o governo como sócio majoritário e os demais acionistas como minoritários. Antes da Caixa, a Petrobras há tempos planeja levar a cabo um ambicioso plano de desinvestimentos de seus ativos.

A estatal, que detém hoje 36 subsidiários, quer começar tirando do papel a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), por 8,6 bilhões de dólares, a um consórcio liderado pela companhia elétrica francesa Engie. O negócio, que foi liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, dará seguimento à venda de ativos da estatal. Em 2017, a Petrobras reduziu sua participação na BR Distribuidora, pela abertura de capital de sua subsidiária.

Acompanhe tudo sobre:Petrobras

Mais de Mercados

Ibovespa sobe puxado por Petrobras após anúncio de dividendos

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netflix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA