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Vale e Petrobras sobem após balanço e aproximam Bolsa de novo recorde

Impulsionado pelas ações de ambas as companhias, Ibovespa ultrapassou os 108 mil pontos e voltou a bater maior pontuação intradiária

Ações da Vale e da Petrobras disparam após balanços e impulsionam Ibovespa (d3sign/Getty Images)

Ações da Vale e da Petrobras disparam após balanços e impulsionam Ibovespa (d3sign/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de outubro de 2019 às 11h37.

Última atualização em 25 de outubro de 2019 às 12h50.

As ações da Vale e da Petrobras amanheceram em forte alta nesta sexta-feira (25). Na noite anterior, ambas as empresas divulgaram seus resultados financeiros do terceiro trimestre, que surpreenderam positivamente os investidores. Às 11h23, os papeis da mineradora avançavam 2,63% e os da petrolífera, 3,35%.

Por representarem juntas cerca de 20% do total da carteira do Ibovespa, a alta de suas ações pode ser o principal fator para um possível novo recorde de fechamento na Bolsa. Nesta manhã, o Ibovespa chegou a ultrapassar a maior pontuação intradiária da história ao bater 108.083 pontos por volta das 10h50. Às 11h54, o índice subia 0,30% e ficava em 107.307 pontos. Um crescimento acima de 0,52% será o suficiente para a Bolsa fechar em pontuação recorde pela quarta vez na semana.

Um dos principais pilares para o otimismo com as ações da Petrobras é o lucro líquido de 9,1 bilhões de reais no terceiro trimestre. A quantia é menos da metade da obtida no segundo trimestre do ano. Contudo, com a queda do preço do petróleo, analistas esperavam algo em torno entre 6 e 7 bilhões de reais.

A redução do endividamento da empresa no período também foi  bem visto por investidores. A relação dívida líquida/Ebtida ajustado (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) caiu de 2,01 para 1,96 no terceiro trimestre se comparado com o período anterior. Em relatório o analista de petróleo, gás e energia da XP Investimentos, Gabriel Fonseca, atribuiu o menor endividamento à “sólida geração de caixa” e à venda de parte das ações da BR Distribuidora.

Já o time de analistas da Guide Investimentos destaca como fatores positivos a “eficiência operacional” da gestão Castello Branco, com foco no desinvestimento de ativos não estratégicos, e a produção recorde de óleo e gás no período.

Com relação à Vale, as duas casas têm opiniões distintas. Enquanto a Guide classificou o resultado como “marginalmente negativo”, a analista de commodities da XP, Betina Roxo, vê aspectos positivos no balanço da mineradora.

No terceiro trimestre, a Vale conseguiu reverter os prejuízos do período anterior para um lucro de 6,5 bilhões de reais. No segundo trimestre deste ano, a empresa teve prejuízo de cerca de 400 milhões de reais.

Para analistas da Guide, no entanto, a recuperação veio abaixo do esperado. Já Roxo, da XP, escreveu em boletim que “a forte geração de caixa de 3 bilhões de dólares foi o principal destaque positivo, levando ao mais baixo patamar desde o quarto trimestre de 2008".

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