PagSeguro: companhia fará nova oferta de ações após seis meses do IPO (PagSeguro/Divulgação)
Karla Mamona
Publicado em 19 de junho de 2018 às 11h46.
São Paulo - As ações da PagSeguro registravam forte desvalorização na manhã desta terça-feira. Os papéis registravam queda de 13%, sendo negociados na casa dos 28 dólares.
A credenciadora de cartões anunciou ontem, após o fechamento do mercado, uma oferta subsequente de ações (follow-on). A oferta pode movimentar até 1,2 bilhão de dólares com base no preço por ação de 32,10 dólares.
Na operação, a companhia pretende emitir 11,5 milhões de novas ações “classe A”. O UOL, controlador da empresa, venderá 21,45 milhões de ações podendo embolsar 715 milhões de dólares. A medida será coordenada pelo Goldman Sachs e Morgan Stanley.
A nova oferta de ações ocorre seis meses após o IPO da companhia na Nyse. Em janeiro, o IPO da PagSeguro levantou 2,26 bilhões de dólares.
Em relatório divulgado, O BTG Pactual afirmou que o oferta de ações era inesperada pelo mercado devido à proximidade com o IPO e não foi vista com bons olhos pelo mercado.
O banco afirmou alguns investidores questionaram sobre o período de lock-up, que é o prazo no qual os acionistas originais e administradores não podem vender as ações decorrentes do IPO.
Entretanto, no relatório, o BTG Pactual explicou o acordo firmado entre a PagSeguro e os bancos que participaram do IPO previa que isso poderia ser discutido quando necessário.
“Entendemos que os bancos fizeram uma ‘renúncia’ deste acordo para fazer o follow-on antes dos seis meses terminado.”
Por fim, o BTG Pactual disse ainda que o aumento de capital levantará ainda mais questões sobre como a companhia utilizará os recursos levantado na operação, já que não significa uma melhora do ROE (retorno sobre o patrimônio líquido).