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No radar: Trump, Brasília, PMI e o que mais move o mercado nesta segunda

Presidente americano dá sinais de que está recuperado do coronavírus e alivia tensão entre investidores; Guedes e Maia podem selar paz

Donald Trump: presidente americano acena para apoiadoras em "escapadinha" do fim de semana (Graeme Sloan/Getty Images)

Donald Trump: presidente americano acena para apoiadoras em "escapadinha" do fim de semana (Graeme Sloan/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 5 de outubro de 2020 às 07h06.

Última atualização em 5 de outubro de 2020 às 09h05.

A saúde do presidente Donald Trump volta a influenciar os negócios do mercado financeiro nesta segunda-feira, 5. Desta vez, de maneira positiva. Com sinais de recuperação e expectativa de que Trump receba alta ainda hoje, os investidores revertem as perdas de sexta-feira, 2, quando incertezas sobre os impactos da doença aumentaram a cautela, gerando uma busca por ativos de segurança.

Trump

Durante o fim de semana, a saúde de Trump foi causa de apreensão, após o presidente ter precisado receber oxigênio na sexta. No domingo, porém, o presidente americano chegou a sair de carro para acenar para apoiadores que permaneciam próximos do hospital. Embora a “escapadinha” tenha tranquilizado os temores sobre seu estado de saúde, ela foi altamente criticada por médicos americanos, que alertaram sobre o risco de proliferação do ato – considerado – político.

Guedes e Maia

No Brasil, a política também deve receber as atenções do mercado, com sinais de reaproximação entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Na semana passada, o clima azedou entre os dois, após Guedes afirmar que as previdências não estavam avançando devido a um suposto acordo de Maia e parlamentares da esquerda. A acusação foi rebatida pelo presidente da Câmara, que chegou a sugerir que o ministro assistisse ao filme “A Queda”, sobre as últimas horas do ditador Adolf Hitler, e o chamou de “desequilibrado”. Mas os ânimos se acalmaram e nesta segunda eles devem participar de um encontro de reconciliação na casa do ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o encontro foi articulado pelos senadores Renan Calheiros e Katia Abreu.

Dados Econômicos

Divulgados nesta segunda, os índices de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) de setembro superaram as estimativas de mercado na Zona do Euro e nos principais países da Europa. O destaque positivo ficou com os PMIs composto e de serviços do Reino Unido, que ficaram em respectivos 56,6 pontos e 56,1 pontos, bem acima dos 50 pontos que delimitam e expansão da contração da atividade econômica. Por outro lado, ainda que acima das expectativas, o PMI de serviços da Zona do Euro ficou abaixo da linha, em 48 pontos.

Os PMIs de setembro ainda serão publicados no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, a expectativa é de que o PMI composto fique em 53,9 pontos, mas o de serviços aponte para uma leve contração, ficando em 49,5 pontos. Na maior economia do mundo, onde também serão divulgados os dados do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), a expectativa é de que todos os principais indicadores fiquem acima dos 50 pontos.

Petrobras

A Petrobras informou que, por meio de sua subsidiária Petrobras Uruguay Sociedad Anónima de Inversiones (PUSAI), assinou com a Disa, o contrato para a venda de toda sua participação na Petrobras Uruguay Distribuición S.A. (PUDSA) pelo valor de 61,7 milhões de reais.  Os ativos da PUDSA contam com 88 estações de serviços em operação, 16 lojas de conveniência, um terminal logístico de lubrificantes e uma planta de QAV.

Qualicorp e JSHF pagam JCP

O Conselho de Administração da Qualicopr aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de 48 milhões de reais, que correspondem a 0,169 real por ação. Já o JCP da construtora JHSF ficou em 46 milhões de reais, ou 0,067 real por ação.

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