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Dólar fecha em R$ 4,25 e bate 3º recorde seguido

Após o dólar ir a quase R$ 4,27, o Banco Central promoveu mais um leilão no mercado à vista, mas a moeda continuou em trajetória de alta

Dólar: moeda avançou 0,44% frente ao real, em 4,2585 reais na venda. (Rick Wilking/Reuters)

Dólar: moeda avançou 0,44% frente ao real, em 4,2585 reais na venda. (Rick Wilking/Reuters)

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Tais Laporta

Publicado em 27 de novembro de 2019 às 17h15.

Última atualização em 27 de novembro de 2019 às 18h23.

O dólar fechou em alta contra o real nesta quarta-feira (27), após ficar acima dos 4,26 reais e atingir recordes históricos na sessão anterior. Os investidores ficaram atentos à atuação do Banco Central diante da disparada recente da moeda norte-americana.

A moeda avançou 0,44% frente ao real, em 4,2586 reais na venda. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez registrava alta de 0,67%, a 4,2635 reais. Na mínima, a cotação chegou a 4,2279 reais na venda, queda de 0,28%.

O dólar fechou o pregão anterior com alta de 0,59%, a 4,2398 reais na venda, um recorde histórico, e chegou a tocar os 4,2785 reais na máxima intradia.

Diante desse salto histórico, o Banco Central promoveu na terça-feira dois leilões extraordinários, e seu presidente, Roberto Campos Neto, afirmou que a autarquia poderia repetir as intervenções cambiais neste pregão em caso de novos gaps de liquidez.

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Em evento promovido pelo jornal "Correio Braziliense", Campos Neto reforçou que o câmbio é flutuante e o BC age apenas em caso de problemas de liquidez ou para atenuar movimentos que estão fora do padrão normal.

"A decisão do BC de ampliar a oferta de dólares é para aparar os excessos, já que o fluxo de saída de final de ano (juros, dividendos de grandes empresas) é mais acentuado", explica o chefe de renda variável da Vero Investimentos, Fábio Galdino, sobre a decisão da autarquia.

Para Ricardo Gomes da Silva Filho, analista de câmbio da Correparti Corretora, há expectativa de atuação extraordinária do Banco Central neste pregão, em dia que deverá continuar marcado por volatilidade.

"Provavelmente, o mercado testará os níveis recordes que foram batidos ontem, perto dos 4,26 reais. Acredita-se que o Banco Central atuará novamente, e, a partir do momento em que atuar, a tendência do dólar é arrefecer", disse.

O Banco Central vendeu nesta quarta-feira 3 mil contratos de swap cambial reverso e até 150 milhões de dólares em moeda à vista, de oferta de até 15.700 e 785 milhões, respectivamente. Adicionalmente, a autarquia vendeu 12.700 contratos de swap cambial tradicional em rolagem do vencimento janeiro 2020.

No cenário externo, foram divulgados nesta quarta-feira dados sobre o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, que cresceu a uma taxa anualizada de 2,1% no terceiro trimestre. Cristiane Quartaroli, economista do banco Ourinvest, explicou que a leitura foi melhor do que a expectativa, sinalizando recuperação da economia norte-americana.

Tal cenário corrobora a força do dólar no mundo e que, contra o real, é endossada por fatores locais.

Moedas emergentes pares do real, como o peso mexicano e a lira turca, operavam em baixa contra o dólar, numa sessão de forma geral positiva para a moeda norte-americana no mundo.

O índice do dólar contra uma cesta de moedas tinha alta de 0,17%.

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