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Com resultado fraco e venda de participação, Via Varejo cai na Bolsa

O Grupo Pão de Açúcar vendeu 3% do capital da empresa (40 milhões de ações) através de um contrato de TRS

Via (VIIA3) (Via (VIIA3)/Divulgação)

Via (VIIA3) (Via (VIIA3)/Divulgação)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 10h53.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2019 às 14h55.

São Paulo - As ações da Via Varejo, controladora da Casas Bahia e Ponto Frio, registravam desvalorização na Bolsa nesta quinta-feira. Por volta das 15h, os operavam em queda de 7,68%.

O mercado repercute o anúncio do Grupo Pão de Açúcar da venda da participação da Via Varejo, correspondente a 3,09% do capital da empresa (40 milhões de ações), através de um contrato de TRS (total return swap) a ser firmado com instituição financeira brasileira. Com isso, o Grupo Pão de Açúcar deterá 36,27% do capital social da Via Varejo.

Em dezembro, o GPA havia anunciado operação semelhante com o Santander para que o banco venda ao longo do ano 50 milhões de ações da Via Varejo. “A companhia vem perseguindo a alienação do remanescente da participação acionária detida na Via Varejo para um investidor estratégico”, segundo o fato relevante do GPA. Disse ainda que se as condições assim indicarem, o mesmo objetivo poderá ser alcançado através de operações disponíveis no mercado de capitais.

Para os analistas da XP e Rico Investimentos, anúncios como estes, somado a recente divulgação de resultados fracos no quarto trimestre do ano passado elevam a incerteza sobre o processo de venda da empresa para um investidor estratégico, adicionando pressão ao papel.

Resultado

No último trimestre do ano passado, a Via Varejo registrou um prejuízo líquido de R$ 279 milhões , revertendo um lucro líquido de R$ 111 milhões de igual intervalo de 2017. No acumulado de 2018, o prejuízo líquido atingiu R$ 267 milhões, ante um lucro líquido de R$ 168 milhões em 2017.

De acordo com a companhia,  prejuízo do quarto trimestre foi impactado, apesar do crescimento das vendas, pela menor margem bruta no período e por outras despesas operacionais, resultantes da reestruturação realizada pela companhia.

O Ebitda ajustado (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) somou no quarto trimestre do ano passado R$ 275 milhões, representando uma retração de 55,3% ante mesmo período de 2017. A margem Ebitda ajustada somou 3,7%, ante 8,3% na comparação anual. No acumulado de 2018, o Ebitda ajustado atingiu R$ 1,236 bilhão, queda de 26,3% sobre 2017, com uma margem de 4,6% contra 6,5% ao longo de 2017.

A receita líquida somou R$ 7,465 bilhões entre outubro e dezembro, expansão de 1% na comparação com o mesmo intervalo de 2017. Com isso, a margem bruta atingiu 27,1%, ante 31,6% na comparação com o quarto trimestre de 2017. No acumulado de 2018, a receita líquida avançou 5%, para R$ 26,928 bilhões.

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