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Cielo desaba 7% após Rede zerar antecipação no cartão de crédito à vista

Às 10:25, os papéis da Cielo caíam 7 por cento, a 8,26 reais, enquanto o Ibovespa subia 0,5 por cento

Cielo: decisão da Rede afetou as ações da empresa (Cielo/Divulgação)

Cielo: decisão da Rede afetou as ações da empresa (Cielo/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2019 às 10h41.

Última atualização em 18 de abril de 2019 às 12h23.

São Paulo — As ações da Cielo eram a maior queda do Ibovespa nesta quinta-feira, após a rival Rede, do Itaú Unibanco, zerar taxa de antecipação de recebíveis de lojias no cartão de crédito à vista, acirrando o ambiente de competição no setor de meios de pagamentos no país.

- Os lojistas clientes da Rede também receberão os valores depositados em dois dias.

- Às 10:25, os papéis da Cielo caíam 7 por cento, a 8,26 reais, enquanto o Ibovespa subia 0,5 por cento.

- "A notícia é negativa para todos os adquirentes listados, Cielo, Stone e Pagseguro, em diferentes magnitudes, já que devem reagir ao movimento agressivo da Rede", destacou a equipe da XP Investimento em relatório a clientes.

- De acordo com cálculos dos analistas, assumindo que as transações à vista representem de 30 a 40 por cento do volume total de crédito, a Cielo poderia ter seu lucro líquido de 2019 reduzido em 10 a 20 por cento. No caso da Stone, eles avaliam que deve ser mais impactada, uma vez que a empresa atua principalmente no mercado de pequenas e médias empresas e possui maior exposição relativa ao pré-pagamento em seus resultados.

- "A iniciativa da Rede, apesar de agressiva, faz parte do processo de corte de preços pelo qual a indústria vem passando nos últimos seis meses. Continuamos cautelosos com a Cielo e os adquirentes puros em geral, uma vez que os grandes bancos têm espaço significativo para abrir mão de receita nesse segmento a fim de reter e atrair clientes PMEs para sua base", disseram os analistas da XP.

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