Mercados

Bolsa fecha com mais de 93 mil pontos superando máxima histórica

Expectativas por Reforma da Previdência e negociações entre EUA e China elevaram índice da Ibovespa em 1,72%

Ibovespa chegou a 93.613,04 pontos nesta quarta-feira (9) (Paulo Whitaker/Reuters)

Ibovespa chegou a 93.613,04 pontos nesta quarta-feira (9) (Paulo Whitaker/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2019 às 18h30.

Última atualização em 9 de janeiro de 2019 às 18h49.

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em nova máxima histórica nesta quarta-feira, superando os 93 mil pontos pela primeira vez, em meio a um cenário externo favorável a ativos de risco e perspectivas positivas relacionadas à amplamente aguardada reforma da Previdência no Brasil.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,72 por cento, a 93.613,04 pontos, tendo atingido 93.625,82 pontos no melhor momento da sessão, recorde intradia. O volume financeiro somou 16,5 bilhões de reais.

A expectativa de avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China respaldou o apetite a risco global logo nos primeiros negócios desta quarta-feira, com o governo norte-americano divulgando à tarde que as conversas terminaram com os negociadores focados no pedido de Pequim para comprar mais bens.

A notícia não trouxe euforia ao mercado, que aguardava algum acordo entre os gigantes econômicos, em disputa que tem adicionado preocupações sobre os efeitos no ritmo de crescimento da economia global e no resultado de empresas. Ainda assim, sugeriu disposição de ambos em seguir negociando.

No final da tarde, a ata da última reunião de política monetária do banco central dos EUA mostrou que muitos membros do Federal Reserve defenderam no encontro de dezembro paciência quanto a altas futuras dos juros norte-americanos.

"A ata trouxe um conteúdo benigno a ativos reais, como ações", destacou o operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez DTVM, citando ainda os comentários de membros do Fed no documento no sentido de manter uma reserva maior de títulos, bem como atenuar o ritmo da redução das reservas em andamento.

Da cena doméstica, sinalizações recentes de avanço na formulação de proposta de reforma da Previdência, considerada crucial por investidores para a melhora da situação fiscal do país e assim da confiança no Brasil, continuaram chancelando o tom positivo nos negócios.

"A perspectiva de que a proposta da reforma da Previdência poderá ser mais profunda e apresentada pela nova equipe econômica na próxima semana deverá realimentar o ânimo", disse a equipe da corretora Ágora, conforme nota distribuída a clientes mais cedo nesta quarta-feira.

Destaques

- VALE subiu 2,44 por cento, apesar do declínio dos preços do minério de ferro, apoiada na melhora do cenário externo, em particular as expectativas sobre a disputa comercial entre Washington e Pequim.

- PETROBRAS ON avançou 2,02 por cento e PETROBRAS PN valorizou-se 2,08 por cento, favorecidas pela alta do petróleo no exterior, enquanto continuam as expectativas sobre a revisão do contrato de cessão onerosa.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,52 por cento e BRADESCO PN avançou 1,72 por cento, endossando a alta no pregão, contaminadas pelo maior apetite global a risco. BANCO DO BRASIL, por sua vez, caiu 0,27 por cento.

- COSAN fechou em alta de 8,16 por cento, com a equipe do BTG Pactual avaliando, em nota a clientes, que o movimento pode estar relacionado a uma expectativa de que as estimativas da empresa para 2019 surpreendam positivamente.

- BB SEGURIDADE caiu 3,16 por cento, tendo de pano de fundo corte na recomendação por analistas do JPMorgan, de 'neutra' para 'underweight'.

 

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresIbovespa

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado