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Presente em 108 mil condomínios, Superlógica quer ser a rede social dos prédios

A empresa, que tem 4,4 mil imobiliárias em seu portfólio, estima ter transacionado cerca de R$35 bilhões

Empresa recebeu R$ 450 milhões de fundo entre 2020 e 2023 (DIVULGAÇÃO/Divulgação)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 11 de junho de 2024 às 11h00.

Última atualização em 25 de julho de 2024 às 16h36.

Com 108 mil condomínios como clientes - algo em torno de 50% do mercado do Brasil -e um portfólio que inclui softwares de gestão, relacionamento e de controles de acesso, além de serviços financeiros como crédito, pagamentos e conta digital, a Superlógica quer mais.

A empresa, fundada há 20 anos, aposta alto noGruvi,um aplicativo que fez em parceria comCyrelaeIntelbras.A ferramenta visa integrar todos os fluxos e criar um verdadeiro ecossistema entreadministradores de condomínios, síndicos e moradores."A ideia é tornar o condomínio um ambiente melhor, as pessoas se juntando por interesses, como a turma dos pets, do futebol, do churrasco", explica André Baldini, diretor de negócios da empresa.

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A empresa estima que o Gruvi pode ter um potencial de movimentar R$ 35 bilhões no mercado imobiliário.

Em pouco mais de um ano no mercado, o app está em mais de 20 mil condomínios espalhados pelo Brasil. Ele é gratuito e, para usá-lo, é necessário ser um dos 30 milhões de moradores de condomínios administrados por um parceiroda Superlógica.

A origem dos negócios

A Superlógica foi fundada em 2001 por Carlos Cêra, atual CEO, Lincoln César do Amaral Filho, e Luis Fernando Cêra (irmão de Carlos), atual CPTO, quando Carlos ainda estava na Unicamp. Carlos desenvolvia softwares sob encomenda quando conheceu Lincoln, que idealizava a criação de um sistema de gestão condominial com base na sua experiência como síndico e administrador de condomínios.

O momento da empresa é positivo. Com cerca de mil funcionários, a Superlógica, que nasceu como um sistema de gestão para condomínios, recebeu dois aportes daWarburg Pincus, fundo norte-americano de private equity. O primeiro, em 2020, de R$ 300 milhões. O segundo, no ano passado, de R$ 150 milhões. Por ora, não há previsão de nova injeção de capital.

"O aporte mais recente está sendo fundamental para que sigamos em nossa estratégia, já que identificamos diversas oportunidades no mercado condominial. Com os desafios do mercado, as transformações tecnológicas, como a própria inteligência artificial, além das mudanças comportamentais e culturais dos moradores de condomínios é fundamental que as administradoras estejam preparadas para tornarem-se provedoras de serviços e produtos que ofereçam segurança, praticidade e uma melhor experiência para a vida em condomínio", diz André.

Tecnologia sempre em destaque

Desde 2019, fez oito fusões e aquisições. E não deve parar por aí. "Estamos sempre de olho no mercado", diz Baldini.Entre as seis M&As que fez desde 2021 está a Arbo, empresa que tem como objetivo a transformação digital de imobiliárias tradicionais com o objetivo de ajudá-las a ampliar suas bases de clientes.

No ano passado, a empresa, que tem 4,4 mil imobiliárias em seu portfólio, estima ter transacionado cerca de R$35 bilhões. Nessa conta entra, por exemplo, a administração do caixa do condomínio e a gestão de softwares dos mais variados serviços.

Baldini elogia o papel das administradoras nos negócios da Superlógica. "É importante ter um rosto, uma representação. E a administradora é essa última milha nossa com os condôminos", fala o executivo.

Sobre inteligência artificial, a Superlógica pretende "aproximar a tecnologia do uso comum", entrando aí na equação administradora e moradores. "O que precisa é treinamento para categorizar esse conhecimento da máquina. Eu vejo daqui um tempo, curto, essa tecnologia respondendo a perguntas mais complexas do tipo 'como é calculada minha conta de água'. Essa sofisticação vem com o tempo", analisa o executivo da empresa.

A Superlógica também oferece diferentes linhas de crédito para condomínios, soluções como o Inadimplência Zero (em que assume a dívida daqueles que não conseguiram pagar o condomínio por algum motivo), além de desenvolver eventos e projetos para a evolução e profissionalização do mercado, como o Superlógica Next e o programa Acelera, em parceria com o Sebrae.

"Esse é o principal objetivo da Superlógica: ser a principal parceira do mercado condominial e imobiliário, reconhecida como uma plataforma que empodera e guia estas empresas no processo de transformar o modo de viver e conviver. Com isso, estaremos, sem dúvida, colaborando com o crescimento do setor e com a sociedade, como um todo”, analisa André Baldini, diretor de negócios da empresa.

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