Banco privado também restringe financiamentos. Veja impacto
Assim como os bancos públicos, Itaú, Santander e Bradesco restringiram as condições para financiamento do imóvel. Veja qual o impacto das medidas
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2015 às 14h48.
São Paulo - Seguindo os passos dos bancos públicos, os principais bancos privados também restringiram o acesso ao crédito para financiar a casa própria .
Para verificar o impacto dessas medidas, o Canal do Crédito, site que compara preços de financiamentos, realizou, a pedido de EXAME.com, uma simulação das condições oferecidas no Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Itaú e Santander para financiar um imóvel usado de 500 mil reais.
A Caixa oferece o melhor Custo Efetivo Total (CET) entre as cinco instituições financeiras, que inclui todos os encargos e despesas do financiamento do imóvel e é a melhor forma de comparar os custos cobrados pelos bancos. No entanto, para usufruir do CET praticado no banco, de 10,66% ao ano, é necessário dar 50% do valor do imóvel como entrada.
Quem não tem o valor total dos recursos terá de buscar crédito em outras instituições. Nesse caso, o Bradesco oferece o CET mais acessível, de 10,91% ao ano. Para obter o crédito na instituição financeira, o comprador terá de dar 100 mil reais como entrada e pagar uma parcela inicial de 4.417,33 reais ( veja o valor que você pode financiar de acordo com a sua renda ).
Veja na tabela a seguir o impacto das medidas tomadas pelos bancos privados para financiamentos de imóveis usados no valor de 500 mil reais.
Condições do financiamento: comprador de 40 anos de idade; financiamentos com prazo de 30 anos. Foram considerados os valores mínimos de entrada aceitos em cada banco.
Banco | Caixa | Banco do Brasil | Itaú | Bradesco | Santander |
---|---|---|---|---|---|
Valor do financiamento | R$ 250 mil | R$ 400 mil | R$ 350 mil | R$ 400 mil | R$ 400 mil |
Valor máximo financiado | 50% | 80% | 70% | 80% | 80% |
Valor de entrada | R$ 250 mil | R$ 100 mil | R$ 150 mil | R$ 100 mil | R$ 100 mil |
Taxa de juros efetiva | 9,45% | 10,40% | 10,40% | 9,80% | 10,80% |
Custo efetivo total (CET) | 10,66% | 11,68% | 11,55% | 10,91% | 11,59% |
Valor da 1ª parcela | R$ 2.705,23 | R$ 4.649,98 | R$ 4.047,39 | R$ 4.417,33 | R$ 4.723,02 |
Valor da última parcela | R$ 724,69 | R$ 1.298,96 | R$ 1.055,55 | Não informado | R$ 1.145,65 |
Seguradora: | Caixa Seguros | Banco do Brasil Seguros | Itaú Seguros | Bradesco Seguros | Zurich Santander |
Fonte: Canal do Crédito
A simulação considera apenas as taxas balcão, apresentadas a clientes que não têm relacionamento prévio com a instituição financeira.
Caso o cliente já seja correntista do banco, os juros cobrados podem ser menores. Por outro lado, os bancos podem cobrar taxas mais altas, emprestar uma quantia menor ou até negar a concessão do crédito para famílias com alto nível de endividamento ou não pague as contas em dia, por exemplo, pois o risco da operação para o banco é maior.
O Itaú anunciou, em nota, ter reduzido o percentual máximo de financiamento de 80% para 70% do valor da unidade, tanto para imóveis novos como usados. A justificativa do banco é de que os ajustes são necessários para manter o ritmo da operação diante do aumento da demanda pelo crédito.
O Bradesco confirma que aumentou sua taxa balcão para 9,8% ao ano, antes a taxa praticada era de 9,6%. O Santander reajustou sua taxa balcão de 9,6% para 10,8% ao ano, de acordo com dados do Canal do Crédito. Procurado, o banco apenas afirma que a taxa mínima cobrada nos financiamentos imobiliários é de 10,1% ao ano.
O Banco do Brasil também anunciou que irá aumentar as taxas de juros do financiamento a partir de segunda-feira (18). A taxa máxima cobrada pelo banco em financiamentos imobiliários que utilizam recursos da poupança subirá 0,5 ponto percentual, para 10,4% ao ano. O banco também irá aumentar o prazo máximo dos financiamentos de 30 anos para 35 anos.
Nesta semana, foi anunciado que a Caixa teria suspendido a contratação de financiamentos que usam recursos da poupança. A justificativa seria garantir os financiamentos já contratados pelos clientes do banco diante da maior escassez dos recursos da caderneta. O banco, porém, nega a informação.
Para evitar que a falta de recursos provoque um maior aperto do crédito para compra da casa própria e tenha impacto negativo sobre o mercado imobiliário, o governo prepara um pacote de medidas para resolver o problema da falta de recursos para esses financiamentos.
Entre as medidas estudadas, está o aumento do limite do valor de imóveis que podem ser financiados com recursos do Fundo Garantidor do Tempo de Serviço ( FGTS ), que passaria de 300 mil reais para 400 mil reais.
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