As 12 cidades do mundo onde alugar escritório é mais caro
Aluguel do metro quadrado em uma torre de Hong Kong sai por US$ 2.750, de acordo com ranking da consultoria Knight Frank dominado por cidades americanas
Torres salgadas (Thinkstock)
João Pedro Caleiro
Publicado em 20 de outubro de 2015 às 11h53.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h28.
São Paulo - A consultoria imobiliária britânica Knight Frank divulgou nesta semana um ranking com as cidades do mundo com preços mais caros de aluguel de escritório em torre. Naturalmente, a lista é dominada por grandes centros financeiros mundiais e quase metade to top 12 é de cidades americanas, com destaque para Nova York, onde os preços de residência também explodiram. O 5ª lugar é de São Francisco, notória pelos extremos do mercado imobiliário (veja o mapa que compara os preços da cidade com pontos ao redor do mundo). O ranking não tem nenhuma cidade latino-americana. Um levantamento da consultoria Buildings em setembro mostra que, nos contratos fechados em 2015, os inquilinos de São Paulo têm conseguido um desconto médio de 22% e 8 meses de carência. A média dos últimos cinco anos foi de 14% de desconto e 3 meses de carência. Veja a seguir as 12 cidades do mundo onde é mais caro alugar espaço de escritório em um torre:
"A falta de terra em Hong Kong é um problema amplamente conhecido de uma cidade densamente povoada. A disponibilidade limitada de escritórios na área central está tornando cada vez mais difícil atender a demanda de empresas multinacionais por espaço", diz o relatório.
"Nova York está próxima de um renascimento da construção como nos anos 80. A falta de escritórios modernos nos corredores tradicionais de negócios em Manhattan, combinada com uma demanda crescente do setor TAMI (Tecnologia, Propaganda, Mídia e Informação, no acrônimo em inglês), motivou projetos de desenvolvimento de grande escala no Far West Side e no ponto do World Trade Center", diz o relatório.
"Quando investidores do mercado imobiliário falam de Tóquio, se referem a um dos maiores mercados do mundo, um centro financeiro global com bastante liquidez de propriedade e alguns dos maiores acordos em valor do momento. Apontam para a Abenomics e o estímulo massivo e os pacotes de reforma que ajudaram a impulsionar o mercado doméstico de ocupantes mantendo o custo de rolar a dívida em baixa recorde. Mas olhando o país como um todo, algo além disso está acontecendo: a população está diminuindo", diz o relatório.
"Desde 2000, Londres central teve mais de 6,5 milhões de novos metros quadrados construídos, mais do que o estoque total em Singapura. Ainda assim, a taxa de vacância está caindo para o menor patamar em 14 anos", diz o relatório.
"Em São Francisco, o mercado de escritórios continua a se beneficiar da expansão do setor de tecnologia na cidade. O crescimento no preço do aluguel de torres aumentou 8%, bem mais do que em qualquer outra cidade americana do estudo", diz o relatório.
"A transformação estelar de Singapura de terceiro a primeiro mundo no espaço de cinco décadas é uma história de sucesso a que muitas outras nações aspiram e poucas tem sucesso", diz o relatório.
"Em Sydney, um número crescente de firmas não dão mais mesas para todos os seus trabalhadores, baseado na ideia de que uma porcentagem da equipe sempre não está no escritório em um dado momento, e que áreas sem mesas individuais podem atender a um tráfego fluido dos que chegam e vão ao longo do dia", diz o relatório.
"Por trás das fachadas brilhantes das torres da cidade de Moscou estão largos espaços de escritórios vazios. A taxa de vacância está em 26% e a projeção é de 36% até o fim do ano", diz o relatório.
"Se fosse um país. Los Angeles seria a 21ª maior economia do mundo. Mais de 244 mil negócios conduzem a economia local, concentrada em tecnologia, turismo, comércio internacional, manufatura e indústrias criativas, incluindo mídia, entretenimento e propaganda", diz o relatório.
"Algumas cidades como Xangai estão afundando lentamente devido ao desenvolvimento de torres em terra mole e os efeitos do aquecimento global. Expandir debaixo da terra é uma alternativa e o governo de Xangai está começando a explorar essa tendência como uma forma de acomodar desenvolvimentos futuros", diz o relatório.
"Como a terceira maior região metropolitana dos Estados Unidos, depois de Nova York e Los Angeles, Chicago é vista como um mercado de acesso, um grupo de cidades definido por sua atração para investidores fronteiriços, inquilinos corporativos e turistas", diz o relatório.