TUF, reality do UFC, chega ao país - para aumentar febre
Sucesso nos EUA, 'The Ultimate Fighter' é apontado como um dos trunfos para o UFC ter virado fenômeno, popularizando (e melhorando) a imagem do MMA
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2012 às 14h22.
São Paulo - Em 2005, quatro anos depois de comprar o UFC por 2 milhões de dólares, os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta viram o torneio da MMA afundar em dívidas - o rombo nas contas bateu na casa de 40 milhões de dólares. Como cartada final para salvar a franquia, os Fertitta resovleram fazer um último investimento: na esteira da popularidade dos reality shows na TV americana, pensaram em produzir um programa mostrando a rotina dos lutadores.
Com o nome The Ultimate Fighter (e apelido "TUF"), o reality teve sua primeira versão exibida ainda em 2005, em um canal da TV paga americana. O sucesso foi tão grande que, de acordo com o presidente do UFC, Dan White, o programa foi o principal responsável pela virada do torneio nos Estados Unidos, de marca deficitária a franquia milionária.
A partir deste domingo, o programa ganha sua primeira versão fora dos EUA - e justamente no Brasil, país em que mais cresce a torcida pelos ídolos do octógono. O reality será exibido pela TV Globo e terá como grandes astros os lutadores Wanderlei Silva (leia entrevista exclusiva abaixo) e Vitor Belfort, treinadores das equipes participantes.
Durante muito tempo, o UFC foi proibido na maioria dos estados americanos – hoje, apenas Nova York e Vermont não podem receber as lutas. Para Dana White, o o árduo trabalho de convencer o público americano de que o UFC não era só um show de brutalidade tem muito a ver com a produção do reality show.
O TUF mostra a vida dos lutadores fora do octógono - e, assim, acaba exibindo as carências e vulnerabilidades dos atletas, revelando o lado mais humano de pessoas que ganham a vida espancando seus adversários no octógono. A estratégia de apostar no programa deu certo: o público se identificou com o dia a dia dos atletas e o TUF já está chegando à sua décima sexta edição.
Melhor ainda para a reputação do UFC é o fato de o programa não ser apenas uma encenação: o reality mostra lutadores de verdade, alguns deles transformados em ídolos do UFC, como Forrest Griffin, Rashad Evans e Roy Nelson. Repetir no Brasil o sucesso obtido nos EUA é a aposta do UFC e da Globo, que esperam estimular ainda mais a febre do MMA no país e baixar a guarda de quem ainda acha que o MMA é violento demais.
Na estreia deste domingo, 32 lutadores de quinze estados, das categorias pena e médio, vão disputar as 16 vagas na casa, em combates determinados pelo próprio UFC. Os vencedores serão escolhidos pelos treinadores Wanderlei Silva e Vitor Belfort - cada um ajudará oito lutadores, quatro de cada categoria. Os escolhidos ficarão confinados em uma casa, saindo apenas para o centro de treinamento. Lutadores campeões como Lyoto Machida, Maurício Shogun, Júnior Cigano e Anderson Silva farão participações especiais, ajudando os treinadores.
Os confrontos acontecem em um octógono de dimensões oficiais, e os dois melhores lutadores de cada categoria se enfrentarão na final, marcada para o dia 23 de junho, no Rio de Janeiro. Os vencedores assinam um contrato com o UFC - e passam de aprendizes a lutadores profissionais no principal evento de MMA do planeta.
No mesmo dia, os treinadores Wanderlei Silva e Vitor Belfort se enfrentarão, na reedição da luta principal do primeiro UFC realizado no Brasil, em 1998, quando Belfort gastou apenas 44 segundos para nocautear Wanderlei Silva. A noitada de lutas deverá ter mais uma revanche: Anderson Silva contra o falastrão Chael Sonnen (o brasileiro venceu o americano no UFC 117, em 2010).
Além do Brasil, o reality show deve ganhar edições em outros países em breve - segundo Dana White, Índia e Austrália podem ser os próximos. Ambicioso como sempre, o chefão do UFC já pensa mais longe: diz que seu desejo é fazer um torneio com os vencedores do TUF em todo o planeta, uma espécie de Copa do Mundo de campeões do reality.
São Paulo - Em 2005, quatro anos depois de comprar o UFC por 2 milhões de dólares, os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta viram o torneio da MMA afundar em dívidas - o rombo nas contas bateu na casa de 40 milhões de dólares. Como cartada final para salvar a franquia, os Fertitta resovleram fazer um último investimento: na esteira da popularidade dos reality shows na TV americana, pensaram em produzir um programa mostrando a rotina dos lutadores.
Com o nome The Ultimate Fighter (e apelido "TUF"), o reality teve sua primeira versão exibida ainda em 2005, em um canal da TV paga americana. O sucesso foi tão grande que, de acordo com o presidente do UFC, Dan White, o programa foi o principal responsável pela virada do torneio nos Estados Unidos, de marca deficitária a franquia milionária.
A partir deste domingo, o programa ganha sua primeira versão fora dos EUA - e justamente no Brasil, país em que mais cresce a torcida pelos ídolos do octógono. O reality será exibido pela TV Globo e terá como grandes astros os lutadores Wanderlei Silva (leia entrevista exclusiva abaixo) e Vitor Belfort, treinadores das equipes participantes.
Durante muito tempo, o UFC foi proibido na maioria dos estados americanos – hoje, apenas Nova York e Vermont não podem receber as lutas. Para Dana White, o o árduo trabalho de convencer o público americano de que o UFC não era só um show de brutalidade tem muito a ver com a produção do reality show.
O TUF mostra a vida dos lutadores fora do octógono - e, assim, acaba exibindo as carências e vulnerabilidades dos atletas, revelando o lado mais humano de pessoas que ganham a vida espancando seus adversários no octógono. A estratégia de apostar no programa deu certo: o público se identificou com o dia a dia dos atletas e o TUF já está chegando à sua décima sexta edição.
Melhor ainda para a reputação do UFC é o fato de o programa não ser apenas uma encenação: o reality mostra lutadores de verdade, alguns deles transformados em ídolos do UFC, como Forrest Griffin, Rashad Evans e Roy Nelson. Repetir no Brasil o sucesso obtido nos EUA é a aposta do UFC e da Globo, que esperam estimular ainda mais a febre do MMA no país e baixar a guarda de quem ainda acha que o MMA é violento demais.
Na estreia deste domingo, 32 lutadores de quinze estados, das categorias pena e médio, vão disputar as 16 vagas na casa, em combates determinados pelo próprio UFC. Os vencedores serão escolhidos pelos treinadores Wanderlei Silva e Vitor Belfort - cada um ajudará oito lutadores, quatro de cada categoria. Os escolhidos ficarão confinados em uma casa, saindo apenas para o centro de treinamento. Lutadores campeões como Lyoto Machida, Maurício Shogun, Júnior Cigano e Anderson Silva farão participações especiais, ajudando os treinadores.
Os confrontos acontecem em um octógono de dimensões oficiais, e os dois melhores lutadores de cada categoria se enfrentarão na final, marcada para o dia 23 de junho, no Rio de Janeiro. Os vencedores assinam um contrato com o UFC - e passam de aprendizes a lutadores profissionais no principal evento de MMA do planeta.
No mesmo dia, os treinadores Wanderlei Silva e Vitor Belfort se enfrentarão, na reedição da luta principal do primeiro UFC realizado no Brasil, em 1998, quando Belfort gastou apenas 44 segundos para nocautear Wanderlei Silva. A noitada de lutas deverá ter mais uma revanche: Anderson Silva contra o falastrão Chael Sonnen (o brasileiro venceu o americano no UFC 117, em 2010).
Além do Brasil, o reality show deve ganhar edições em outros países em breve - segundo Dana White, Índia e Austrália podem ser os próximos. Ambicioso como sempre, o chefão do UFC já pensa mais longe: diz que seu desejo é fazer um torneio com os vencedores do TUF em todo o planeta, uma espécie de Copa do Mundo de campeões do reality.