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Superliga de Vôlei supera R$ 2 bilhões em retorno de mídia pela primeira vez

Números do Ibope Repucom mostram que retorno de mídia aos patrocinadores são maiores do que de clubes da Série A do Brasil

Especialistas em gestão esportiva entendem que a enorme quantidade de anúncios de casas de aposta num mesmo espaço se faz necessária em tempos de regulamentação (RM Brasil Filmes)

Especialistas em gestão esportiva entendem que a enorme quantidade de anúncios de casas de aposta num mesmo espaço se faz necessária em tempos de regulamentação (RM Brasil Filmes)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 25 de junho de 2024 às 17h57.

Em sua edição comemorativa de 30 anos, a Superliga de Vôlei alcançou números históricos e bateu recordes nos índices de exposição das marcas patrocinadoras. A competição superou, pela primeira vez, o valor de R$ 2 bilhões em retorno de mídia e apresentou um crescimento de 33% em comparação à temporada 2022-23. Os dados são do Ibope Repucom, em estudo que vai do período de novembro e 2023 a maio deste ano.

O levantamento apontou que o retorno total de mídia foi de R$ 2,039 bilhões e a mídia QI, que mensura o impacto e a qualidade de aplicação de uma marca, foi de R$ 446,5 milhões, indicando outro crescimento, desta vez de 38%. Os números compreendem os naipes masculino e feminino.

Detentora dos direitos de naming rights da competição, a casa de apostas Bet7k, por exemplo, teve sua marca exposta em 403.702 ocasiões, totalizando 465 horas de exibição. O ROI – retorno sobre investimento – da marca foi de 226 vezes o valor investido.

Para efeito de comparação, os números são bem superiores aos de gigantes da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol. Em dados levantados também pelo Ibope Repucom, divulgados em 2023, o Corinthians alcançou R$ 1,475 bilhão em valor de mídia. O segundo e o terceiro colocados no ranking alcançaram R$ 1,142 bilhão e R$ 1,024 bilhão, respectivamente.

A mídia QI do Corinthians, na mesma pesquisa, foi de R$ 381 milhões, índice também inferior ao apresentado pela Superliga.

A grande diferença disso tudo é que, nos números respectivos aos principais clubes brasileiros de futebol, eles se referem à exposição dos patrocinadores em todas as competições, incluindo Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores da América, Copa do Brasil, campeonatos estaduais e demais competições continentais, com uma visibilidade muito maior e com mais jogos transmitidos, além da exposição quase que 24h em programas esportivos.

No estudo do Ibope Repucom, os números correspondem apenas à Superliga, a principal competição organizada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Ou seja, a tendência é que o retorno de mídia em transmissões de tv aberta e fechada da marca detentora dos naming rights envolvendo as outras principais disputas, como Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia (CBVP), Superliga B, Copa Brasil e Supercopa, transformam o vôlei como o principal veículo neste quesito.

Em termos comparativos, a partir da apuração feita pela redação, mesmo apresentando números superiores aos dos times de futebol da elite nacional, o aporte de investimento para se anunciar na Superliga é inferior aos valores aportados nos clubes.

"Nós, profissionais da área de marketing, precisamos buscar esportes que tragam autoridade, força de conexão e conversão de negócios. Os números que vejo demonstram exatamente o que estudamos por muitos meses em várias modalidades de esportes, dentre elas, o vôlei. A Superliga reúne todos estes atributos, é para mim uma das maiores possibilidades positivas dentro do marketing esportivo nacional", analisa Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte, entre eles, de um dos principais contratos já realizados pela CBV, com a Bet7k, em setembro de 2023.

Segundo esporte dos brasileiros

Atrás apenas do futebol, o vôlei é considerado o segundo esporte mais popular no Brasil, com mais de 15 milhões de praticantes e cerca de 80 milhões de fãs, onde metade se declara superfã, segundo dados da pesquisa Sponsorlink do Ibope Repucom. O volume de fãs é o maior de toda a série histórica da pesquisa, desde 2013, e atualmente 70% dos fãs da modalidade afirmam gostar e confiar de marcas patrocinadoras do esporte.

Em 2023, segundo estudo divulgado pela base de dados da Nielsen, o interesse ao redor da Superliga Feminina aumentou 81% quando comparado a 2022. Já dados compartilhados pelo Grupo Globo, do mesmo ano, também comprovaram como a Superliga foi um dos principais eventos esportivos televisionados no país, com 11 milhões de pessoas assistindo, em média, a essa competição; isso considerando o levantamento desde 2020, quando a quantidade de jogos transmitidos aumentou consideravelmente.

A Superliga feminina, que supera levemente a masculina em retorno de mídia, também foi considerada a preferida do público, com uma média de 750 mil pessoas acompanhando os jogos por minuto. No masculino, esse número fica em 350 mil pessoas por minuto.

Na temporada 2023-24, foram realizados 229 jogos ao vivo e 849 reprises só na TV, totalizando mais de 1.830 horas de exibição somadas nos canais SporTV e TV Globo.

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