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Presidente do Irã inicia visita histórica ao Egito

Ahmadinejad foi ao Cairo para participar de uma cúpula islâmica que começa nesta quarta-feira


	Mahmoud Ahmadinejad e Mohamed Mursi"A geografia política da região vai mudar se Irã e Egito adotarem uma posição unificada a respeito da questão palestina", disse Ahmadinejad
 (Egyptian Presidency/Handout /Reuters)

Mahmoud Ahmadinejad e Mohamed Mursi"A geografia política da região vai mudar se Irã e Egito adotarem uma posição unificada a respeito da questão palestina", disse Ahmadinejad (Egyptian Presidency/Handout /Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 10h47.

Cairo - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chegou nesta terça-feira ao Egito, na primeira visita de um chefe de Estado iraniano ao país desde a revolução islâmica de 1979.

Num reflexo da aproximação atual entre os dois países, o presidente egípcio, Mohamed Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, recebeu Ahmadinejad com um beijo, no aeroporto do Cairo. Os líderes passaram por um tapete vermelho, enquanto um sorridente Ahmadinejad cumprimentava autoridades presentes.

Ahmadinejad foi ao Cairo para participar de uma cúpula islâmica que começa na quarta-feira. Na terça-feira, o presidente da maior nação xiita do mundo islâmico se reúne com o grão-xeique da mesquita de Al Azhar, um dos mais tradicionais centros sunitas de aprendizado.

Essa visita seria impensável durante o regime de Hosni Mubarak, um ditador que tinha apoio dos militares e aproximou o Egito do Ocidente e de Israel.

"A geografia política da região vai mudar se Irã e Egito adotarem uma posição unificada a respeito da questão palestina", disse Ahmadinejad em entrevista à TV libanesa Al Mayadeen na véspera da viagem.

Ele disse também que, se puder, pretende visitar a Faixa de Gaza, território palestino que fica entre o Egito e Israel, e que é governado pelo movimento islâmico Hamas.

Apesar das demonstrações de apreço, analistas duvidam de um restabelecimento pleno das relações diplomáticas entre Egito e Irã, rompidas desde 1980 - ano seguinte à revolução islâmica iraniana e ao tratado de paz egípcio com Israel.

O Egito vê com preocupação o apoio do Irã ao presidente da Síria, Bashar al Assad, que enfrenta uma rebelião armada. O governo de Mursi também está interessado em preservar as boas relações com países árabes do golfo Pérsico, que prestam assistência financeira ao Egito e veem o Irã com grande desconfiança. Outra prioridade do Cairo é não irritar os Estados Unidos, que oferecem uma ajuda financeira de 1,3 bilhão de dólares por ano aos militares egípcios.

Por outro lado, o governo de Mursi estabeleceu uma forte relação com o Hamas, grupo que é apoiado pelo Irã e qualificado como terrorista por vários governos ocidentais, devido à sua hostilidade contra Israel.

Mursi já esteve em agosto no Irã para uma cúpula do Movimento dos Não-Alinhados.

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