Exposição mostra propagandas antigas de cigarro
Peças trazem artistas como Frank Sinatra, John Wayne, Lucille Ball e Marlene Dietrich fazendo propaganda para marcas de cigarro, e até excentricidades como o Papai Noel
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2011 às 00h38.
São Paulo - A cada ano a indústria do tabaco aprimora as táticas de convencimento para conseguir novos fumantes, uma vez que a propaganda é proibida em diversos países, como o Brasil, e muitas cidades como São Paulo, Londres, Nova Iorque e Paris aumentaram a restrição ao fumo.
Mas a realidade atual é um paradoxo se comparada às estratégias utilizadas pela indústria do tabaco em suas peças publicitárias veiculadas entre as décadas de 20 e 50. Eram usadas celebridades, médicos, crianças e até Papai Noel em suas campanhas.
Para mostrar as táticas dessa indústria, a agência de publicidade novaS/B mostra novamente em São Paulo a exposição “Propagandas de Cigarro – Como a Indústria do Fumo Enganou as Pessoas”, aberta ao público a partir do dia 29, Dia Nacional do Combate ao Fumo.
A exposição, exibida no Instituto do Câncer do Governo do Estado de São Paulo, Otávio Frias de Oliveira, traz 90 peças de campanhas publicitárias veiculadas nos Estados Unidos entre as décadas de 20 e 50, que chegam a ser mais que politicamente incorretas.
“Garganta Sensível? Fume Kool”, “Médicos fumam Camel mais do que qualquer outro cigarro” e “20.679 médicos dizem que Lucky Strike não irrita a garganta” são alguns dos exemplos estampados nas peças publicitárias da época reunidas pelos médicos Robert K. Jackler e Robert N. Proctor, professores da Universidade de Stanford, nos EUA.
Para provar a suposta veracidade desse discurso, as companhias de tabaco confeccionavam relatórios médicos pseudocientíficos e pesquisas sobre os efeitos “benéficos” do cigarro e utilizavam-se de dados manipulados nos anúncios como se fossem verdades.
A mostra, que integra o imenso acervo do Instituto Smithsonian – complexo de museus americanos –, percorreu 6 estados americanos e já atraiu mais de 100 mil pessoas que visitaram a mostra no ano passado em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Há também peças que trazem artistas fazendo propaganda para marcas de cigarro, como Frank Sinatra, John Wayne, Lucille Ball e Marlene Dietrich. Entre as mais excêntricas, Papai Noel fuma enquanto entrega presentes e um bebê dá um conselho para a mãe mudar a marca de cigarros.
“O público fica surpreso e chega a rir com o uso absurdo de imagens de bebês, Papai Noel e médicos. Entretanto, as pessoas acabam indignadas com as mentiras desses anúncios, que afirmavam que cigarro é bom para a garganta e para asma, por exemplo”, comenta o sócio-diretor da novaS/B, Bob Vieira da Costa.
A novaS/B tem histórico nas ações de combate ao fumo. Em 2008 e em 2010 a agência venceu a disputa que envolveu cerca de 5 agências de quatro continentes, e foi responsável pelo desenvolvimento da campanha global do Dia Mundial Sem Tabaco. Com tema direcionado aos jovens, a campanha atingiu 1,4 bilhão de pessoas.
Já em 2010, o mote escolhido pela OMS foi a “Indústria do Tabaco e o Marketing dirigido às Mulheres”. As duas campanhas foram veiculadas para cerca de 200 países, em idiomas como árabe, mandarim, russo, hindu, além do inglês, francês, espanhol, português e muitos outros.
São Paulo - A cada ano a indústria do tabaco aprimora as táticas de convencimento para conseguir novos fumantes, uma vez que a propaganda é proibida em diversos países, como o Brasil, e muitas cidades como São Paulo, Londres, Nova Iorque e Paris aumentaram a restrição ao fumo.
Mas a realidade atual é um paradoxo se comparada às estratégias utilizadas pela indústria do tabaco em suas peças publicitárias veiculadas entre as décadas de 20 e 50. Eram usadas celebridades, médicos, crianças e até Papai Noel em suas campanhas.
Para mostrar as táticas dessa indústria, a agência de publicidade novaS/B mostra novamente em São Paulo a exposição “Propagandas de Cigarro – Como a Indústria do Fumo Enganou as Pessoas”, aberta ao público a partir do dia 29, Dia Nacional do Combate ao Fumo.
A exposição, exibida no Instituto do Câncer do Governo do Estado de São Paulo, Otávio Frias de Oliveira, traz 90 peças de campanhas publicitárias veiculadas nos Estados Unidos entre as décadas de 20 e 50, que chegam a ser mais que politicamente incorretas.
“Garganta Sensível? Fume Kool”, “Médicos fumam Camel mais do que qualquer outro cigarro” e “20.679 médicos dizem que Lucky Strike não irrita a garganta” são alguns dos exemplos estampados nas peças publicitárias da época reunidas pelos médicos Robert K. Jackler e Robert N. Proctor, professores da Universidade de Stanford, nos EUA.
Para provar a suposta veracidade desse discurso, as companhias de tabaco confeccionavam relatórios médicos pseudocientíficos e pesquisas sobre os efeitos “benéficos” do cigarro e utilizavam-se de dados manipulados nos anúncios como se fossem verdades.
A mostra, que integra o imenso acervo do Instituto Smithsonian – complexo de museus americanos –, percorreu 6 estados americanos e já atraiu mais de 100 mil pessoas que visitaram a mostra no ano passado em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Há também peças que trazem artistas fazendo propaganda para marcas de cigarro, como Frank Sinatra, John Wayne, Lucille Ball e Marlene Dietrich. Entre as mais excêntricas, Papai Noel fuma enquanto entrega presentes e um bebê dá um conselho para a mãe mudar a marca de cigarros.
“O público fica surpreso e chega a rir com o uso absurdo de imagens de bebês, Papai Noel e médicos. Entretanto, as pessoas acabam indignadas com as mentiras desses anúncios, que afirmavam que cigarro é bom para a garganta e para asma, por exemplo”, comenta o sócio-diretor da novaS/B, Bob Vieira da Costa.
A novaS/B tem histórico nas ações de combate ao fumo. Em 2008 e em 2010 a agência venceu a disputa que envolveu cerca de 5 agências de quatro continentes, e foi responsável pelo desenvolvimento da campanha global do Dia Mundial Sem Tabaco. Com tema direcionado aos jovens, a campanha atingiu 1,4 bilhão de pessoas.
Já em 2010, o mote escolhido pela OMS foi a “Indústria do Tabaco e o Marketing dirigido às Mulheres”. As duas campanhas foram veiculadas para cerca de 200 países, em idiomas como árabe, mandarim, russo, hindu, além do inglês, francês, espanhol, português e muitos outros.