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Crianças da classe C influenciam mais os pais

Quanto menor a renda, maior a tolerância com os pedidos das crianças, diz pesquisa do Data Popular

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 19h38.

São Paulo - Ao contrário das crianças da elite, as crianças da Nova Classe Média tem um poder de negociação maior perante seus pais, segundo uma pesquisa do Data Popular.

Segundo o estudo, 51% dos pais da classe C sentem dificuldades no momento em que precisam dizer "não" aos seus filhos. Nas classes DE, a porcentagem aumenta ainda mais, para 61%. Os números contrastam com a taxa alcançada quando as classes AB é a analisada, de 44%.

De acordo com o instituto, crianças e adolescentes da base da pirâmide aprenderam a negociar a compra de produtos com os pais e, no lugar de brigar, argumentam usando seu desempenho nos estudos e o auxílio nos afazeres domésticos como moeda de troca.

Argumentos sobre durabilidade, preço e qualidade dos produtos aparecem no repertório de persuasão utilizados por crianças e adolescentes das classes CDE.

Para todos os efeitos, a palavra final é sempre a da mãe, diz o Data Popular, mas quando este filho demonstra dedicação nos estudos e ainda contribui para a manutenção do lar, a mulher da nova classe média não pensa duas vezes ao se submeter aos pedidos da criança, que influencia fortemente nas compras domésticas.

No universo popular, ter um filho formado é a maior realização do sonho de “dar o que não tive” e portanto a argumentação de ir bem nos estudos funciona mais que com os pais da elite.

Para as classes CDE, a educação é o meio mais seguro para ‘subir na vida’ e ‘ser alguém’. E como acreditam no potencial de seus filhos, as crianças se tornam prioridade absoluta do orçamento familiar, e o consumo infantil faz com que a relação custo-benefício se desequilibre a favor do benefício.


 

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