Caloura chora lágrimas de sangue em campanha contra trote
Segundo o publicitário Agnelo Pacheco, responsável pela criação da campanha, a idéia principal foi criar uma peça de impacto
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2013 às 16h56.
São Paulo - Na metade do ano grande número de universidades e faculdades realiza processo seletivo e recebe novos estudantes em suas cadeiras. Por conta disto, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), São Paulo, acaba de lançar uma nova campanha de combate ao trote violento.
A ação, desenvolvida pela agência Agnelo Pacheco, tem como slogan “Entrar na faculdade tem que ser motivo de alegria” e visa mobilizar toda a sociedade, passando pelo Judiciário, Ministério Público, Polícia Militar, entidades de classe, de ensino superior e centros acadêmicos.
Segundo Fábio Romeu Canton Filho, presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (Caasp), braço assistencial da OAB-SP e Presidente da comissão contra o trote universitário, trata-se de um momento de comemoração para o aluno e para a família, que deve ser celebrado com alegria e sem violência.
“Sabemos que trotes levam dor e tristeza para as famílias por conta da violência e até mesmo a morte de alguns destes jovens. Por esse motivo não devemos tolerá-los no meio estudantil”, afirma. Canton Filho alerta que diversas ações judiciais podem ser impetradas pela vítima de um trote, sejam de ordem criminal - como lesão corporal ou homicídio -; sejam de ordem civil - como indenizações de ordem moral e material.
Segundo o publicitário Agnelo Pacheco, responsável pela criação da campanha, a idéia principal foi criar uma peça de impacto. “Quando levei trotes, nas duas faculdades que fiz, eu esperava que, com o passar do tempo, isso ficasse fora de moda, mas o trote continua sustentado pelos jovens que deveriam pensar o novo e não copiar o passado”, declara.
Para o presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, é preciso mudar a cultura dos estudantes brasileiros.
“Os trotes violentos devem ser banidos definitivamente e o combate deve ser feito por todos, a começar pelos alunos veteranos, que precisam se conscientizar sobre as consequências dessa violência. A punição aos agressores também deve ser exemplar! É um dever das universidades coibir o trote violento adotando medidas para prevenir e punir quem desrespeitar as regras impostas pela instituição de ensino. Não podemos aceitar que universitários atuem em desacordo com os princípios das profissões que pretendem adotar; afinal, muitos desses alunos serão responsáveis pela vida das pessoas, pelo bem estar da comunidade e precisam ter essa consciência desde o início de sua formação profissional”, finaliza da Costa.
Ficha Técnica:
Campanha: Combate ao Trote Universitário
Anunciante: Ordem dos Advogados Brasil - São Paulo
Produto: Trote Violento
Agência: Agnelo Pacheco Comunicação
Criação: Alex Gris e Ricardo Paoliello
Atendimento: Renata Botene e Carolina Rodrigues