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As lições de Ricardo Dias para a Black Friday

Trocar propaganda por entretenimento, anunciar ofertas para ganhar cliente para toda a vida e vouchers para depois da pandemia — ideias do CMO da Ambev

(Agência Avellar/Divulgação)
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Maria Rachel

Publicado em 9 de outubro de 2020 às 15h54.

Última atualização em 9 de outubro de 2020 às 16h08.

A Black Friday deste ano vai ser diferente. Não apenas por causa da pandemia, que vai mudar a dinâmica das vendas de lojas físicas, mas por causa da revolução comportamental no mundo da propaganda que está em curso ao longo dos últimos anos. “Estamos vendo, pela primeira vez na história, o consumidor no comando. É ele quem decide o que vai assistir, se vai pagar streaming, se aceita ver propaganda para ter conteúdo de graça ou se desliga tudo”, diz Ricardo Dias, vice-presidente de marketing da Ambev. “Nesse movimento sem volta, no qual o modelo de mídia paga com propaganda interrompendo está com os dias contados, as marcas que não se adaptarem vão morrer”.

Com “se adaptar” o executivo quer dizer trocar a propaganda por bom entretenimento. Nesse sentido, o formato mais usado por marcas até agora tem sido a live, em especial de shows de artistas famosos: as empresas patrocinam as apresentações virtuais e, em troca, colocam seus logos nas telas. Para além das lives, há muitas outras formas de anunciar entretendo. É possível estar dentro dos games, oferecer conteúdo relevante em vídeos e textos nas redes sociais, patrocinar séries nas plataformas de streaming, entre outras possibilidades que a criatividade permitir.

Para Ricardo Dias, a Black Friday deste ano é a grande oportunidade para as empresas que ainda não operam no novo modo virarem a chave. “O desconto sempre existiu nesta data, agora imagina casar desconto e entretenimento? É o que está acontecendo na China, com o shopstreaming, cujo ponto alto é o Single’s Day, evento que mistura shows e vendas online e que fatura bilhões em um único dia”. Em sua visão, a Black Friday é boa para todos os segmentos, inclusive para os de produtos com baixo valor agregado, para os quais os descontos não costumam ser grandes chamarizes para os clientes.

Confira, abaixo, quatro dicas do CMO para as empresas usarem na Black Friday:

O grande lance da Black Friday é fazer o cliente ficar voltando para você”, resume o CMO. “Se bem-feita, a data é sim um excelente dia para vender bastante. Mas, mais do que isso, é um dia para construir relacionamento e mudar comportamentos. Isso é construção de marca.”

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