Abril muda para se adaptar ao novo mercado publicitário
Com novas equipes e tecnologias, a companhia quer oferecer conteúdo customizado a anunciantes
Karin Salomão
Publicado em 7 de março de 2016 às 19h01.
São Paulo – Mudanças de áreas, diretorias, modelo de negócio... foram várias as modificações protagonizadas pela Editora Abril nos últimos meses. Todas com intuito da empresa se adaptar às novas exigências dos leitores e anunciantes.
A companhia ganhou um novo posicionamento de marketing para produzir conteúdo publicitário mais acessível e, principalmente, divulgá-lo para as pessoas certas.
Um trabalho minucioso nesse sentido foi feito. Por 7 meses, a empresa aprimorou o plano, criou novas áreas e incorporou tecnologias. Também foram necessárias 150 horas de treinamento para passar a mudança à equipe comercial e de marketing.
A divulgação da nova Abril se deu por meio da campanha Histórias Encontram Pessoas, divulgada pelo WhatsApp em fevereiro.
Um dos braços da nova estratégia é o estúdio Abril Branded Content (ABC). Criada em junho do ano passado, a área é coordenada por jornalistas de renome que passaram pela direção de grandes redações da Abril.
Ao lado de uma equipe de produção de vídeo, eles criam conteúdo customizado para os anunciantes .
Ao contrário de um banner em um site, por exemplo, o material, chamado de branded content, será divulgado em revistas, sites, aplicativos e newsletters da editora.
Além de envolver mais os leitores, essa mudança também torna o material mais acessível pelo Google e Facebook, já que um anúncio não aparece nas pesquisas desses sites.
“O objetivo é fazer com que esse conteúdo seja lido justamente por pessoas que estejam buscando por ele”, diz Tiago Afonso, diretor de marketing da Abril.
Desde a criação do Estúdio ABC, metade de todo o conteúdo publicitário da empresa foi criado por essa área, que já tem clientes como Netflix, Visa, PayPal e Always.
Métricas certeiras
Para auxiliar o anunciante a encontrar o público ideal para o seu conteúdo, a Abril também criou a área Abril Big Data. São cerca de 40 milhões de estatísticas geradas sobre leitores e seus perfis.
“São dados exclusivos sobre nossas plataformas, para achar essas pessoas e melhorar a atração e a atenção delas ao nosso conteúdo”, diz Afonso.
Novas ferramentas, métricas e tecnologias irão dar um gás extra à estratégia. A adoção das métricas da Moat, companhia de inteligência de marketing digital, é um exemplo.
De acordo com Sandra Carvalho, diretora de mobilidade, a equipe poderá avaliar se um anúncio foi visto e por quanto tempo, qual foi a velocidade de rolagem da tela e até qual foi o movimento do mouse ou do dedo durante a leitura.
A Abril é a primeira editora brasileira a adotar a ferramenta, usada por gigantes como Facebook e Twitter.
Farejar o alvo
Um dos resultados desse novo posicionamento é o case da Purina. A empresa criou uma nova ração vegetariana e queria divulgá-la, mas o assunto era complexo demais para um único anúncio publicitário.
Para atingir o púbico certo e contar a história da ração da maneira mais completa possível, a equipe do Estúdio ABC cruzou dados para encontrar assinantes de revistas da Abril que tivessem cachorro e morassem a no máximo 2 quilômetros de lojas com a nova ração.
No decorrer de um mês, essas pessoas receberam e-mails, panfletos e até a própria ração em suas casas para testar, aumentando o contato com esse conteúdo.
“Despertamos a atenção de quem a Purina buscava e é o que queremos fazer para outros clientes”, afirma Afonso.
São Paulo – Mudanças de áreas, diretorias, modelo de negócio... foram várias as modificações protagonizadas pela Editora Abril nos últimos meses. Todas com intuito da empresa se adaptar às novas exigências dos leitores e anunciantes.
A companhia ganhou um novo posicionamento de marketing para produzir conteúdo publicitário mais acessível e, principalmente, divulgá-lo para as pessoas certas.
Um trabalho minucioso nesse sentido foi feito. Por 7 meses, a empresa aprimorou o plano, criou novas áreas e incorporou tecnologias. Também foram necessárias 150 horas de treinamento para passar a mudança à equipe comercial e de marketing.
A divulgação da nova Abril se deu por meio da campanha Histórias Encontram Pessoas, divulgada pelo WhatsApp em fevereiro.
Um dos braços da nova estratégia é o estúdio Abril Branded Content (ABC). Criada em junho do ano passado, a área é coordenada por jornalistas de renome que passaram pela direção de grandes redações da Abril.
Ao lado de uma equipe de produção de vídeo, eles criam conteúdo customizado para os anunciantes .
Ao contrário de um banner em um site, por exemplo, o material, chamado de branded content, será divulgado em revistas, sites, aplicativos e newsletters da editora.
Além de envolver mais os leitores, essa mudança também torna o material mais acessível pelo Google e Facebook, já que um anúncio não aparece nas pesquisas desses sites.
“O objetivo é fazer com que esse conteúdo seja lido justamente por pessoas que estejam buscando por ele”, diz Tiago Afonso, diretor de marketing da Abril.
Desde a criação do Estúdio ABC, metade de todo o conteúdo publicitário da empresa foi criado por essa área, que já tem clientes como Netflix, Visa, PayPal e Always.
Métricas certeiras
Para auxiliar o anunciante a encontrar o público ideal para o seu conteúdo, a Abril também criou a área Abril Big Data. São cerca de 40 milhões de estatísticas geradas sobre leitores e seus perfis.
“São dados exclusivos sobre nossas plataformas, para achar essas pessoas e melhorar a atração e a atenção delas ao nosso conteúdo”, diz Afonso.
Novas ferramentas, métricas e tecnologias irão dar um gás extra à estratégia. A adoção das métricas da Moat, companhia de inteligência de marketing digital, é um exemplo.
De acordo com Sandra Carvalho, diretora de mobilidade, a equipe poderá avaliar se um anúncio foi visto e por quanto tempo, qual foi a velocidade de rolagem da tela e até qual foi o movimento do mouse ou do dedo durante a leitura.
A Abril é a primeira editora brasileira a adotar a ferramenta, usada por gigantes como Facebook e Twitter.
Farejar o alvo
Um dos resultados desse novo posicionamento é o case da Purina. A empresa criou uma nova ração vegetariana e queria divulgá-la, mas o assunto era complexo demais para um único anúncio publicitário.
Para atingir o púbico certo e contar a história da ração da maneira mais completa possível, a equipe do Estúdio ABC cruzou dados para encontrar assinantes de revistas da Abril que tivessem cachorro e morassem a no máximo 2 quilômetros de lojas com a nova ração.
No decorrer de um mês, essas pessoas receberam e-mails, panfletos e até a própria ração em suas casas para testar, aumentando o contato com esse conteúdo.
“Despertamos a atenção de quem a Purina buscava e é o que queremos fazer para outros clientes”, afirma Afonso.