5 anúncios acusados de diminuir as mulheres - e 5 feministas
Confira campanhas que geraram indignação de consumidores e outras que surpreenderam pela abordagem da imagem feminina
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2013 às 10h17.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h42.
Em 2008, uma campanha contra o estupro na cidade americana de Milwaukee deu o que falar. Meninas tiveram seus rostos mesclado com corpos de mulheres em trajes sensuais através de Photoshop. O pretexto era denunciar que mesmo crianças com corpo desenvolvido não têm maturidade para o sexo. A imagem foi considerada ofensiva e de mau gosto, além de incitar o erotismo infantil, e logo foi banida.
Em setembro de 2012, a marca de preservativos Prudence divulgou em sua fanpage o anúncio "Dieta do Sexo". A peça, em formato de tabela, comparava os gastos calóricos de atividades sexuais. Um item causou a indignação dos usuários da rede - e gerou mais de mil denúncias no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária): “tirar a roupa de uma mulher queima 10 calorias, enquanto fazer o mesmo sem o consentimento da parceira consome 190 calorias”. Muitos consumidores entenderam o trecho do anúncio como um estímulo à violência sexual, e a peça foi suspensa em decisão unânime do Conar.
Em 2012, um comercial da Marisa mostrava uma mulher magra conversando com vegetais numa “justa homenagem às leguminosas e sopas ralas que fizeram minhas refeições menos alegres, mas que farão meu verão mais feliz”. Em seguida, a personagem passa por um grupo de homens e comemora o resultado de ter sido observada com aprovação. A peça gerou controvérsia na fanpage da marca, e foi acusada por consumidores de machismo, apologia a distúrbios alimentares e de reforçar padrões de beleza.
Para chamar a atenção para o problema da violência contra as mulheres, a campanha do Banco Mundial “Homem de Verdade Não Bate em Mulher”, lançada em 1º de março deste ano, e teve a adesão de dez brasileiros famosos, entre eles os atores Cauã Reymond, Gabriel Braga Nunes e Thiago Fragoso. Os anúncios foram lançados no site oficial do Banco Mundial no Brasil, com o convite para que os internautas se engajem através das mídias sociais.
A ideia foi considerada radical por alguns - usar mulheres "reais" com curvas reais em vez de modelos em propagandas de produtos de beleza. A Campanha pela Real Beleza, da Dove, foi lançada em 2004, e surpreendeu - com reação também nas vendas da marca. A estratégia incorporou-se à identidadade do produto, que transformou os anúncios em campanha permanente desde então: a última ação, divulgada no dia 5 de março, mirou diretamente diretores de arte e designers responsáveis por retocar imagens femininas no Photoshop.
Em 2012, a Quilmes mostrou que é possível fazer uma propaganda cerveja em que as mulheres não são apenas musas ou coadjuvantes, mas também consumidoras. A campanha “Igualismo” traz as mulheres como guerreiras - e ainda que no final tudo termine em romance, o roteiro tem espaço para discutir expectativas e papéis da vida de casal.
Após a saída do ator Carlos Moreno, garoto propaganda da marca de 1978 a 2004, a Bombril escalou as atrizes e humoristas Dani Calabresa, Marisa Orth e Monica Iozzi para a campanha “Mulheres Evoluídas”. Sob o mote “os produtos que evoluíram com as mulheres”, a marca levantou a discussão de funções domésticas igualitárias.
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