Depois dos nativos digitais, vêm aí os nativos IA´s
Com a IA há a mescla do físico e digital, o phygital; entenda por que líderes devem engajar suas equipes a, além de perguntar sobre ChatGPT, estudar IA
Colunista
Publicado em 19 de junho de 2024 às 11h55.
Impressionante como a IA (Inteligência Artificial) generativa tem avançado principalmente no último ano. Prova disso é que um estudo recente da Kaspersky mostra que mais de 50% das empresas brasileiras implementaram a inteligência artificial. Depois do lançamento do ChatGPT 4.0, e com o anúncio recente que o ChatGPT 5.0 será lançado em breve, afirmo com convicção a vocês: teremos uma avalanche de novas empresas que serão chamadas de “AI Natives” e esta pode ser a grande chave para o sucesso no futuro high tech.
Aqui me refiro a empresas que surgem já com a inteligência artificial incorporada em seu core business e que sem a IA a empresa ou produto nem existiria. O avanço é tanto que, no início de junho, a META, em um vídeo divulgado por Mark Zuckerberg, anunciou novos recursos de IA generativa com foco em anunciantes.
Em junho de 2007, quando Steve Jobs lançou o primeiro iPhone, ele disruptou o mercado abrindo espaço para as famosas empresas nativas digitais. Na verdade, o iPhone se tornou uma grande plataforma de empresas 100% digitais, entre elas, Waze, iFood, Uber, Spotify, Netflix e diversas outras.
Agora, a OpenAI tem tudo para ser o “iPhone” da vez! No entanto, diferente do impacto do iPhone onde criou-se um novo mercado 100% digital, com a IA teremos também a mescla do físico e digital, o famosophygital ganhando escala. Nada (até o momento) se compara a este impacto, pois a aceitação do público e, consequentemente, as mudanças culturais estão sendo muito mais rápidas.
A IA não é mais algo novo. Ela chegou e rapidamente se instalou em nosso dia a dia. A curiosidade somada com a necessidade de não ficar para trás fez com que as empresas e pessoas utilizassem ferramentas (muitas vezes gratuitas) para otimizar algumas demandas.
Inclusive, está previsto para o segundo semestre deste ano o lançamento do primeiro Hospital de IA na China, com médicos robôs que podem tratar 3 mil pacientes por dia, gerando milhões de dólares de economia.
Se em breve teremos hospitais com uma responsabilidade absurda da IA em suas mãos, imaginem o que mais podemos ter pela frente? Restaurantes, lojas, hotéis, agências bancárias 100% IA Natives? Lembrando que toda grande disrupção também causa dúvidas e inseguranças, mas, aos poucos, as coisas vão se acertando. Isso me faz lembrar quando a Uber chegou ao Brasil e causou um grande desconforto nos taxistas, mas com o passar do tempo as coisas se encaixaram numa ordem natural.
Depois desta nova disrupção da IA Generativa, será que o céu ainda é o limite? E a AGI (Inteligência Artificial Geral)? Será que alguém consegue ter ideia do que virá quando esta tecnologia emplacar?
Minha sugestão a todos os leitores é a seguinte: além de perguntar ao ChatGPT, estudem IA. Se já tiverem filhos, estudem com eles! E se você tem pessoas sob sua gestão, engajem estas pessoas a buscar por este conhecimento. Quanto mais este tema se propagar dentro da sua casa ou dentro da sua organização, maior a probabilidade de você ser o grande protagonista desta nova disrupção!
Acredito tanto nesse movimento que, na Deal, empresa que comando, criamos o AITO (Artificial Intelligence Transformation Office), com o objetivo de propagar porta para dentro e porta para fora todo o nosso conhecimento no tema. Nosso objetivo aqui é que 100% da empresa aplique IA em suas respectivas atividades.
Bora construir o futuro JUNTOS?!