Por que as grandes empresas estão apostando no metaverso para vender mais?
Felipe Dantas, especialista em criptomoedas, explica o motivo das maiores empresas do mundo quererem entrar no metaverso, em entrevista à newsletter semanal da EXAME Invest
Paula Souza
Publicado em 23 de março de 2022 às 17h45.
Última atualização em 23 de março de 2022 às 18h25.
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Em um mundo onde novas tecnologias surgem a todo instante, é difícil prever qual será o próximo "bitcoin". Mas quando as maiores empresas do mundo estão criando, às pressas, bonecos de seus CEOs no metaverso, conseguimos imaginar qual será a próxima tendência.
Enquanto nos últimos anos houve uma migração em massa de empresas e pessoas para dentro da internet, o especialista em criptomoedas Felipe Dantas afirma que o próximo passo natural é o metaverso. O assunto ganhou importância quando Mark Zuckerberg anunciou que mudaria o nome de sua companhia, Facebook, para Meta. Mas tem se tornado relevante até entre os mercados mais tradicionais.
- Em dezembro de 2021,Bill Gates, fundador da Microsoft, disse que, em até três anos, praticamente todas as reuniões de negócios aconteceriam dentro do Metaverso;
- Em poucas semanas, marcas como Nike, Adidas, Amazon, Disney, Netflix e + já conquistaram seu espaço dentro de grandes metaversos;
- No último sábado, a Universal Music comprou um NFT do Bored Ape Yacht Club para se tornar um empresário de bandas no metaverso.
O metaverso tem espaço no Brasil
O Brasil possui mais de 12 milhões de empresas ativas e, dessas, cerca de 1,8 milhão são de médio e grande porte. Se apenas 10% desse 1,8 milhão decidisse entrar no Metaverso, hoje, seriam 180 mil empresas precisando de alguém para ajudá-las.
No entanto, quando a internet "deu certo", não foram apenas 10% das empresas que migraram para o digital, então esse número tende a ser ainda maior. Nos próximos meses, existirão milhares delas querendo entrar no Metaverso, mas pouquíssimos profissionais saberão como fazer isso.
“As empresas que quiserem continuar vendendo deverão seguir a tendência de seus clientes. E a tendência agora é o metaverso. Eles querem comprar roupas, comidas e assistir a seus artistas preferidos em realidade aumentada — e quem chegar antes ficará com a maior ‘fatia do bolo’”, comenta Felipe.
Será que você ficaria rico se descobrisse o "próximo bitcoin"?
A aposta do especialista é que o metaverso será assim como a internet e o bitcoin foram. Mas não basta saber qual será o futuro, é preciso saber o que fazer com ele. Afinal, a menos que você saiba o que está fazendo, estar no metaverso ou investir em bitcoin nunca será garantia de ganhar dinheiro.
No início dos anos 2000, por exemplo, a Nokia dominava o mercado de celulares, ninguém batia de frente. Ela sabia qual era o futuro, mas não sabia o que fazer com isso. A Apple, em contrapartida, sabia exatamente qual era o próximo passo e, hoje, centenas de pessoas acampam na porta de shoppings para comprar os últimos lançamentos da marca.
“No metaverso, a marca que não souber se posicionar e conversar com o cliente, não irá vender mais. Pelo contrário, terá colocado dinheiro no lixo”, encerra Felipe.
Na última edição da Newsletter semanal da EXAME Invest, Felipe ainda comenta sobre quais as melhores formas de ingressar no metaverso e quais são as novas carreiras e oportunidades que surgirão nesse mercado bilionário. Para receber a próxima edição e ter acesso a entrevistas completas, assine a Newsletter da EXAME Invest:
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