Mercado por elas: a liderança que surfa o mercado imobiliário ecoeficiente
Luciana Rangel, fundadora da Una Incorporadora, redefiniu o conceito de morar, conectando pessoas, natureza e propósito em um modelo inovador
Idealizadora e diretora-presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário
Publicado em 17 de dezembro de 2024 às 07h08.
No setor imobiliário, inovação e sustentabilidade muitas vezes aparecem como palavras de ordem em discursos, mas são poucas as iniciativas que conseguem materializar essas ideias em algo realmente tangível e transformador. Luciana Rangel, coloca essas palavras em prática, redefinido o conceito de morar, conectando pessoas, natureza e propósito em um modelo inovador que desafia padrões tradicionais do mercado.
Luciana é fundadora da Una Incorporadora, gestora e surfista, e traz para o setor imobiliário as lições aprendidas com as ondas e de sua experiência em eventos esportivos. Sua visão de liderança consciente é ancorada na disciplina, determinação e coragem para trilhar caminhos ainda pouco explorados. Para ela, liderar não é só entregar resultados, mas inspirar mudanças que gerem impacto positivo na vida das pessoas.
“Criar a Morada Ecoeficiente foi, antes de tudo, um ato de fé no propósito. Não é apenas construir casas; é oferecer qualidade de vida, eficiência e conexão com o meio ambiente”, reflete. Esse olhar humano e sistêmico é o que dá força ao projeto, transformando-o em referência para o mercado.
Luciana define ecoeficiência como a capacidade de viver bem com o mínimo de desperdício, otimizando recursos naturais e financeiros. Essa filosofia guia a concepção da Morada Ecoeficiente, um condomínio de alto padrão onde arquitetura bioclimática, sistemas construtivos inovadores e paisagismo nativo se unem para criar um ambiente que respeita e celebra a natureza. Este cuidado gera bem-estar, economia de energia e redução do impacto ambiental.
Além disso, a preocupação com o uso consciente da água é evidente: sistemas de reuso e irrigação inteligente ajudam a preservar esse recurso tão precioso. Tudo isso é integrado a uma paisagem vibrante, com agroflorestas e espécies nativas que promovem a reconexão dos moradores com a terra.
Trazer inovação para um mercado tradicional é sempre um desafio. Desde o aumento do custo de construção sustentável até a resistência do público a conceitos inéditos, Luciana enfrentou muitos obstáculos. Mas, para ela, seguir o caminho mais fácil nunca foi uma opção.
“Optamos por algo diferente porque acreditamos que o mercado está pronto para valorizar um novo jeito de viver. Construímos um modelo que respeita o meio ambiente e promove o bem-estar como premissa, não como benefício adicional”, explica.
Essas escolhas exigem uma liderança resiliente e criativa. A solução para os altos custos, por exemplo, veio de parcerias estratégicas com fornecedores que compartilharam do mesmo propósito. O resultado? Um projeto viável financeiramente e carregado de significado.
Impacto Social e Legado
Mais que um empreendimento, Luciana imprime em seus projetos uma visão de futuro. A gestora acredita que a sustentabilidade não deve ser apenas um diferencial, mas parte essencial do planejamento de qualquer negócio. Ela vai além ao propor que a ecoeficiência inspire não apenas outros projetos imobiliários, mas também um novo olhar sobre como nos relacionamos com os recursos e as comunidades ao nosso redor.
“A Morada é uma prova de que é possível construir algo que equilibra conforto, sustentabilidade e impacto social. Espero que nosso modelo encoraje outros líderes a repensarem seus projetos com mais propósito”, afirma.
Outro destaque do projeto é a importância de comunicar esses valores ao mercado. As corretoras desempenham um papel central em traduzir a essência para os clientes. “Comunicar isso é fundamental para que o público entenda a diferença”, reforça Luciana.
Com coragem, visão e uma abordagem que coloca as pessoas e o planeta no centro, ela mostra que inovação e sustentabilidade podem andar de mãos dadas com resultados financeiros e transformações sociais.
Em um mercado que ainda se molda aos poucos a essas novas demandas, Luciana sinaliza, por meio de sua gestão e liderança, algo além de um projeto fora da curva — é um marco que aponta para o futuro do setor. Afinal, liderar é transformar, e transformar é acreditar em um propósito que transcende o presente.