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Global workers: o perfil dos brasileiros que ganham R$ 25 mil trabalhando para o exterior

Pesquisa revela como os brasileiros estão se destacando no trabalho remoto para empresas internacionais

Um ponto importante para os trabalhadores globais é o domínio de um segundo idioma: 96,7% deles têm pelo menos um idioma além do português. (DC_Studio/envato)
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Publicado em 24 de setembro de 2024 às 14h30.

Desde que o trabalho remoto se tornou comum com a pandemia, cresceu a presença dos chamados global workers – e muitos brasileiros estão nesse grupo.

De acordo com a pesquisa Global Workers 2024, realizada pela Husky, o perfil típico desses profissionais é majoritariamente formado por:

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As principais atuações são em ciência da computação (14,4%), sistemas de informação (9,9%), análise de sistemas (8,1%) e engenharia da computação (7,1%). Além disso, 37,4% moram em São Paulo, sendo a maior concentração na região Sudeste.

No entanto, o mercado global não se resume apenas à tecnologia. Áreas como administração (5,1%), publicidade e propaganda (2,4%) e jornalismo (1,7%) também estão entre as formações de destaque.

Fatores que mantêm os trabalhadores no Brasil

Questionados sobre os motivos que os fazem permanecer no Brasil, 43,5% dos trabalhadores afirmaram que a proximidade com a família e amigos é o principal fator. Além disso, a valorização salarial em reais também influencia, sendo citada por 30,1% dos entrevistados.

Para atuar no mercado global, o domínio de um segundo idioma é crucial. A pesquisa apontou que 96,7% dos global workers falam ao menos uma língua estrangeira, com o inglês sendo predominante (quase 100% dos bilíngues possuem conhecimento do idioma). Além disso, o espanhol está presente em 34,7% dos currículos.

Salários e atuação no mercado internacional

Os salários dos global workers são atrativos, com uma média de R$ 25 mil por mês. Mais de 63,9% dos profissionais ganham acima de R$ 15 mil mensais, sendo que 79,5% recebem em dólar e 11,4% em euro.

Entre os principais destinos para o trabalho remoto estão os Estados Unidos (65,2%), seguido pelo Reino Unido (6,4%) e Canadá (5,6%). Portugal, com 3,6%, também é um destino popular, especialmente pela facilidade do idioma e pela ascensão de startups no país.

Além da tecnologia, os setores de finanças (8%), entretenimento e mídia (5,1%) e saúde (4,8%) também têm participação relevante. A maior parte dos global workers trabalha em pequenas e médias empresas (52,4%), com 11 a 200 funcionários.

A pesquisa ainda destaca que a maioria dos profissionais é sênior, representando 69,5% dos trabalhadores. Entre eles, 45,9% têm senioridade plena, enquanto outros ocupam cargos de liderança técnica, gerência ou coordenação.

Modelo de contratação e satisfação

O modelo de contratação mais comum entre os global workers é o Pessoa Jurídica (PJ), abrangendo 90,3% dos casos. Além disso, 89,3% dos entrevistados se dizem satisfeitos com suas condições de trabalho.

A pesquisa também revelou que 23,3% dos global workers investem no exterior, com a maioria optando por renda fixa (91%) e uma parte significativa aplicando em renda variável (59,7%).

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