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No radar: ata do Fed, Infra Week, vacinação e o que move os mercados

Índices futuros americanos buscam recuperação após dia de perdas; bolsas da Europa operam sem direção definida

 (Paulo Whitaker/Reuters)

(Paulo Whitaker/Reuters)

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Beatriz Quesada

Publicado em 7 de abril de 2021 às 07h15.

Última atualização em 7 de abril de 2021 às 07h52.

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Quadro geral do dia às 7h15:

  • EUA: Dow Jones futuro avança 0,02%, S&P 500 futuro tem alta de 0,02% e Nasdaq futuro sobe 0,04%
  • Índice pan-europeu STOXX600 recua 0,14%
  • Rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro americano recua a 1,644%

As bolsas internacionais buscam uma tendência de alta, com os mercados ainda interpretando os últimos sinais positivos de recuperação econômica e atentos à divulgação da ata ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano). 

Os índices futuros americanos registram leve alta, enquanto as bolsas europeias tem resultados mistos. Os dois mercados buscam se recuperar da correção dos Estados Unidos no pregão de ontem. Os índices dos EUA recuaram de altas recordes na terça-feira para encerrar a sessão de quarta no vermelho, apesar dos fortes dados econômicos que incluem a maior criação mensal de empregos no país desde agosto do ano passado.

Para somar ao sentimento positivo, o Fundo Monetário internacional (FMI) elevou, nesta terça-feira, 6, a previsão de alta do PIB global para este ano dos 5,5% estimados em janeiro para 6,0% agora. 

A justificativa foi o rápido avanço da vacinação contra o coronavírus em alguns países, sobretudo nos EUA, e as robustas respostas fiscais e monetárias contra a recessão ao redor do mundo.

Investidores aguardam a divulgação para hoje, às 15h, a ata da última reunião do Fed, que pode fornecer pistas sobre quando a autoridade monetária pretende aumentar a taxa de juros. O Fed tem reforçado que deve manter a política atual pelo menos até 2023. Ainda assim, existem temores de que uma alta da inflação obrigue o Fed a rever seus planos.

Nos últimos dias, porém, a inflação ficou de fora do radar dos investidores, contribuindo para o rali. Os rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA -- referência para os juros de longo prazo e usados como termômetro para expectativa de inflação no país -- continuam a cair nesta quarta e permanecem abaixo da marca de 1,7%. 

Veja abaixo os principais destaques desta quarta-feira:

Infra Week

Por aqui, começa nesta quarta-feira a chamada "Infra Week", uma bateria de leilões de aeroportos, portos e ferrovia que deverá seguir até o dia 9 de abril, atraindo até 10 bilhões de reais em novos investimentos para infraestrutura. 

O primeiro evento acontece nesta quarta às 10h, com os leilões de 22 aeroportos, divididos em três blocos (regiões Sul, Nordeste/Centro-Oeste e Norte). Na sexta, serão leiloados cinco terminais portuários e de um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Até o fim do mês, há leilões previstos nos estados de São Paulo (CPTM) e do Rio de Janeiro (Cedae), além de uma rodovia pelo governo federal.

Para entender quais ações podem se beneficiar dos novos investimentos no setor, acompanhe as análises da EXAME Invest Pro.

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Agenda de IPOs ameaçada?

O calendário de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) em abril sofreu novas mudanças. A LG Informática, que estrearia hoje na bolsa, interrompeu sua oferta por 60 dias alegando condições desfavoráveis de mercado. 

Já a Blau Farmacêutica adiou o período de reserva de ações de ontem para hoje e passou a data de precificação da oferta para quinta-feira, 8. 

Para esta quarta, está mantida a precificação da Allied Tecnologia para depois do fechamento do mercado, que pode mostrar quão fechada ou ainda aberta está a janela para IPOs. 

Outra oferta que pode movimentar o mercado este mês é a da Caixa Seguridade, holding de seguros da Caixa Econômica Federal. A empresa lançou ontem seu IPO, que pode levantar até 6,5 bilhões de reais. O IPO será precificado em 27 de abril e a Caixa Seguridade será listada sob o código "CXSE3". O início das negociações do papel está previsto para 29 de abril.

Vacina privada

Os investidores também monitoram o ritmo de vacinação no Brasil. A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que flexibiliza a compra de vacinas pelo setor privado.  

O projeto altera uma lei já existente que permiti a aquisição de doses por empresas, desde que as companhias doem ao Sistema Único de Saúde (SUS) a mesma quantidade de vacinas aplicada nos empregados. 

Se o projeto passa pelo Senado e for sancionado como está, as empresas não precisarão esperar o fim da imunização dos grupos prioritários pelo SUS para vacinar: poderão aplicar a dose de imediato.

Enquanto isso, a pandemia continua a avançar. Na terça-feira, o Brasil registrou -- pela primeira vez -- mais de 4 mil mortes causadas pela Covid-19 em um único dia. Foram 4.195 vítimas e 86.979 novos casos, segundo o Ministério da Saúde.

Retrospectiva

Após ultrapassar a marca dos 118 mil pontos na máxima do dia, o Ibovespa perdeu força no pregão desta terça-feira, 6, e apagou os ganhos, seguindo a piora do mercado americano e pressionado por blue chips. O índice recuou 0,02%, para 117.498 pontos. Entre as maiores contribuições negativas, em pontos, para a Bolsa brasileira, apareceram as ações da Vale (VALE3), que realizaram após disparada na véspera, bancos e Petrobras ON (PETR3), que caiu apesar da alta do petróleo no exterior.

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