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TOV espera liberar dinheiro de contas até fim de maio

Clientes da TOV que tinham dinheiro em conta tiveram seus recursos bloqueados por conta da liquidação da corretora, decretada pelo BC


	Bolsas: quem recebeu dinheiro na conta da TOV depois do dia 6 não está com o dinheiro preso, explica Santos
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Bolsas: quem recebeu dinheiro na conta da TOV depois do dia 6 não está com o dinheiro preso, explica Santos (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2016 às 10h53.

Os clientes da TOV Corretora que tinham dinheiro em conta e tiveram seus recursos bloqueados por conta da liquidação decretada pelo Banco Central (BC) em 6 de janeiro devem receber seus recursos até o fim de maio, estima o interventor Tupinambá Quirino dos Santos.

“Temos de ser otimistas, há uma série de procedimentos legais que precisam ser observados dentro do processo de liquidação, mas acredito que no fim de maio podemos liberar o dinheiro”, diz.

Na sexta-feira, a TOV divulgou um edital de convocação para os credores se habilitarem junto ao liquidante. Santos explica que isso não vale para os investidores.

“A chamada é mais para fornecedores da corretora, os investidores nós temos aqui os extratos para fazer a análise, não é preciso fazer a declaração”, diz.

O processo só vale também para os saldos em conta até dia 6 de janeiro. Aplicações e ativos financeiros já podem ser transferidos para outras corretoras. “Basta pedir a transferência, enviando um e-mail para transferência@tov.com.br”, afirma Santos.

Quem recebeu dinheiro na conta da TOV depois do dia 6 não está com o dinheiro preso, explica Santos.

“Estamos restituindo os valores creditados a partir do dia 7, basta enviar um e-mail para o financeiro@tov.com.br”, explica.

Santos diz também que não deve haver problema para pagar todos os devedores com saldo preso na corretora.

“O valor a ser devolvido está em torno de R$ 25 milhões e temos recursos suficientes”, diz.

O processo, explica o interventor, prevê um prazo de 10 dias para todos os credores se habilitarem.

Depois há um período de análise dos pedidos e é feita então uma notificação dos valores a serem devolvidos. Há então um novo prazo de 10 dias para reclamações sobre o valor.

Ele espera que por volta de 11 de abril a equipe da TOV já tenha analisado todas as declarações e poderá então começar a notificar os credores com seus valores a receber.

Depois, cada credor tem 10 dias para contestar os valores e fazer reclamação. Em seguida, a corretora montará  o quadro de credores e publica.

“O processo deve dar mais de um mês, e podemos ter mais alguma reclamação, por isso estimo estar liberando o dinheiro no fim de maio”, diz.

Santos diz que agora a pior fase do processo já passou e o atendimento aos clientes está tranquilo. “Tivemos alguns problemas no início, mas agora a demanda reduziu muito”, diz.

"Tentamos fazer o melhor possível”, diz ele, acrescentando que os pedidos estão sendo atendidos com mais rapidez.

“Tem sempre alguma demora uma vez ou outra, alguma divergência sobre os valores, que vai para a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e volta, mas as coisas estão andando”, diz.

Ele se diz preocupado, porém, com os clientes que ainda não pediram a transferência de suas ações para outras corretoras. No total, são 3,6 mil clientes que continuam com papéis na TOV.

“Não vamos poder manter essa custódia aqui e, para o cliente, também é ruim, pois se ele tiver de vender os papéis com urgência não vai conseguir, pois vai ter primeiro que pedir a transferência para outra corretora”, explica. “O melhor era transferir logo”, afirma.

Ele diz que a grande maioria de papéis de renda fixa, como LCI e LCA, já foi transferida para outras instituições, assim como as cotas do fundo da TOV, que foi para a Gradual Corretora.

O interventor diz que o BC ainda não desistiu da ideia de vender a carteira de clientes da TOV para outra corretora, processo que foi interrompido por um mandado de segurança movido pelo dono da TOV, Fernando Heller.

“Estamos vendo a possibilidade na Justiça, recorrendo, apesar de os clientes de muito giro, que eram o ativo mais valioso, já terem saído”, afirma.

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